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Sábado, 27 de julho de 2024

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Muricy valoriza colegas brasileiros e diz que não tem 'sonho europeu'

O técnico Muricy Ramalho, do Santos, costuma dizer que treinadores brasileiros são mais preparados que seus colegas europeus pelo fato de não poderem planejar elencos e terem de montar times competitivos com os jogadores que “sobram” - ou seja, com aqueles atletas que permanecem no Brasil e não são levados pelos poderosos clubes do Velho Mundo. Por isso, diz que não precisa ir trabalhar por lá para provar sua capacidade.


- Eu sei que a maioria (dos técnicos brasileiros) pensa em ir para a Europa. Eu, não. Aqui é muito mais difícil de se trabalhar, mas eu não tenho essa loucura de querer sair. Nem estou mais a fim - afirma.

O treinador santista conta que a chamada “cultura” do futebol brasileiro é cruel e faz com que o profissional não tenha chance de trabalhar a médio e longo prazo. Por isso, afirma, o mercado nacional é um duro teste para técnicos de futebol. Segundo ele, só se estabelece quem consegue trabalhar na escassez. Ainda assim, prefere ficar.

- A cobrança lá fora é menor. O cara fica 10, 12 anos num clube sem ganhar nada e não é pressionado. Aqui, montamos um elenco no começo do ano. No meio do campeonato, a janela de transferências se abre e perdemos meio time. Somos obrigados a estar sempre remontando time. E se não consegue resultado, o cara é mandado embora - compara.

Por fim, Muricy afirma acreditar que não deve nada aos badalados técnicos europeus.

- Só dou nota dez a algum deles se o cara vier vier aqui e conseguir ganhar um Campeonato Brasileiro trabalhando nesse nosso esquema - diz.
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