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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Santos quer usar a hegemonia da Vila para encerrar invencibilidade corintiana

A lotada Vila Belmiro será a arma do Santos para a primeira partida da decisão do Campeonato Paulista de 2009. Contando com um retrospecto mais do que favorável atuando no estádio de nome oficial Urbano Caldeira contra o Corinthians no século 21, os comandados de Vágner Mancini abrem neste domingo a final do Estadual contra o invicto Timão, às 16 horas (de Brasília).

A lotada Vila Belmiro será a arma do Santos para a primeira partida da decisão do Campeonato Paulista de 2009. Contando com um retrospecto mais do que favorável atuando no estádio de nome oficial Urbano Caldeira contra o Corinthians no século 21, os comandados de Vágner Mancini abrem neste domingo a final do Estadual contra o invicto Timão, às 16 horas (de Brasília).


Diante de um Corinthians embalado pela eliminação sobre o São Paulo na etapa semifinal e pela invencibilidade na temporada, o Santos tenta também mostrar que o tropeço de quarta-feira na própria Vila não abalou o brio dos atletas praianos. Embora tenha sido eliminado de forma vexatória pelo modesto alagoano CSA na segunda rodada da Copa do Brasil, com uma derrota por 1 a 0, o Peixe tenta também recuperar a taça paulista, que conquistou nos anos de 2006 e 2007.

O grande trunfo santista para sair na frente da disputa neste domingo, assim, será o caldeirão da Vila, que estará tomado por 18 mil torcedores no domingo dispostos a manter a soberania do time praiano no estádio. De 2001 até então, foram 12 partidas realizadas na casa do Peixe, com oito vitórias dos anfitriões, dois empates e apenas duas derrotas - a última delas, aliás, há quase quatro anos.

Os únicos tropeços do Santos em seu estádio neste século aconteceram em partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro. Em 2001, com Wanderley Luxemburgo no banco corintiano e Marcelinho Carioca no meio-de-campo santista, o Timão conquistou um triunfo por 2 a 0, com gols de Luizão, cobrando pênalti, e Galván, contra.

Quatro anos depois, em repetição de jogo anulado em decorrência da Máfia do Apito, os paulistanos voltaram a vencer: 3 a 2, resultado selado aos 42 minutos do segundo tempo com gol de Carlos Alberto, também em tiro livre da marca da cal. De 2005 para cá, quatro clássico entre os alvinegros na Vila, com três vitórias do Santos e um empate.

Em Campeonatos Paulistas, a vantagem santista na Vila neste século é irretocável: três jogos e três vitórias - mas o tabu se estende há 23 anos sem vitórias do Corinthians no Urbano Caldeira (a última foi em 1986, por 2 a 0). Mas o técnico Mano Menezes não teme que a soberania do Peixe prevaleça. Pelo contrário: o gaúcho acredita que seus pupilos, liderados em campo por Ronaldo, farão frente e diminuirão a vantagem praiana.

"Na prática, o que vale é o que este time do Corinthians pode fazer contra o grupo do Santos. A estatística está aí para mostrar o que foi feito até agora. Daqui para frente, seremos nós que escreveremos os as estatísticas", alertou Mano.


"Esse é um período de quebras de tabus", acrescentou o treinador, que usou um feito do próprio Santos e dois do Corinthians para ilustrar sua argumentação. "O Santos não ganhava uma partida do Palmeiras no Parque Antártica em Paulistas há 40 anos. O nosso time também ganhou dois jogos contra o São Paulo, sendo que não vencíamos clássicos há bastante tempo. E quebramos o recorde dos invictos", lembrou o treinador.

E o novo feito imbatível estabelecido pelo Corinthians, que não perdeu uma partida sequer em 2009, tirou a Taça dos Invictos do São Paulo (o Tricolor ficou 20 jogos sem perder entre 2005 e 2006) no último domingo. Mas, agora, é o Santos quem quer frustrar o rival. E, ao mesmo tempo, se recompor do tropeço de quarta-feira.

A ordem é esquecer a derrota para o CSA, em plena Vila Belmiro, e focar todas as atenções para a decisão do Campeonato Paulista. De quase eliminado, o Peixe mostrou força para chegar a final, superando o Palmeiras, nos dois jogos da semifinal.

A arrancada santista comandada por jovens jogadores como o meia Paulo Henrique Lima e o atacante Neymar rende comparações com o Santos campeão brasileiro de 2002, liderado naquela época pela dupla Diego e Robinho. Sem compartilhar do entusiasmo da torcida quanto a essa comparação, o técnico Vágner Mancini vê algumas semelhanças entre os dois times.

"Fica difícil de fazer comparações, pois são gerações diferentes. Daquele Santos, atualmente seis ou sete jogadores estão na seleção brasileira e o time de hoje é diferente. A igualdade que vejo foi na forma como chegaram à final. Aquela equipe se classificou em oitavo lugar e foi crescendo. Nós também nos classificamos de forma dramática, com aquele jogo em Campinas (3 a 2 sobre a Ponte Preta). Depois eliminamos um rival nas semifinais, como em 2002", comentou.

Outra coincidência é o adversário da decisão. Novamente o Corinthians pela frente. E como em 2002, o Alvinegro Praiano tratou de passar o favoritismo para o adversário. "O Corinthians tem um time equilibrado, entrosado, que joga um futebol bonito. E até por conta de tudo que fez durante o campeonato, deve ser apontado como favorito. Fica difícil falar em igualdade (de forças) também pela vantagem que eles têm. Será um jogo dificílimo", disse Mancini.

Para o primeiro duelo, o grande trunfo do Santos para reverter a vantagem corintiana é jogar em seu estádio. Pará, que deverá ser o companheiro de Germano no meio-de-campo, em substituição ao suspenso Roberto Brum, confia na força do alçapão santista para sair na frente na decisão.

"Agora é uma final e temos que encarar o Corinthians de igual para igual. Vamos jogar em casa e temos que nos impor. Precisamos fazer um grande jogo, ter atenção na marcação, sem bobear. Se fizermos isso, temos condições de sair de campo com um grande resultado, que nos daria uma tranquilidade para o jogo de volta", analisou.

Enquanto o Santos tem baixas no meio-de-campo, Mano terá que fazer apenas uma alteração no time que venceu o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi. O atacante Dentinho, suspenso ao acumular três cartões amarelos, deverá dar lugar ao meia Morais.O esquema tático corintiano também será alterado, saindo de um 4-3-3 e retornando ao 4-4-2.

Embora tenha que abrir mão de um esquema mais ofensivo, Mano Menezes não espera uma partida truncada neste domingo. Tudo porque, segundo ele, a Vila é um dos maiores gramados do futebol brasileiro - ainda que a impressão seja outra.

"Não há diferenças em termos de dimensões do campo, mas o ambiente pode parecer pela proximidade do alambrado", explicou Mano Menezes. "Parece que o campo da Vila é menor, mas na verdade é até maior que a do Estádio Olímpico. Realmente é um ambiente diferente e você tem que estar preparado para isso, com os jogadores concentrados", cobrou.
Santos quer usar hegemonia da Vila para encerrar invencibilidade corintiana Velhos de clube, Felipe e Fábio Costa se reencontram em decisão Reportagem/Futebol - (25/04/2009 20h20)
Por Felipe Held e Rodrigo Martins -

FICHA TÉCNICA

SANTOS X CORINTHIANS

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 26 de abril de 2009, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa) e Everson Luiz Luquesi Soares

SANTOS: Fábio Costa; Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho; Pará, Germano, Paulo Henrique Lima e Madson; Neymar e Kléber Pereira
Técnico: Vágner Mancini

CORINTHIANS: Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias, Douglas e Morais; Jorge Henrique e Ronaldo
Técnico: Mano Menezes


Duelos Santos x Corinthians na Vila
 
Campeonato Brasileiro-2001
Santos 0 x 2 Corinthians
Torneio Rio-São Paulo-2002
Santos 1 x 0 Corinthians
Amistoso-2002
Santos 3 x 2 Corinthians
Campeonato Paulista-2003
Santos 3 x 0 Corinthians
Campeonato Brasileiro-2003
Santos 3 x 1 Corinthians
Campeonato Brasileiro-2004
Santos 1 x 1 Corinthians
Campeonato Brasileiro-2005
Santos 4 x 2 Corinthians *
Santos 2 x 3 Corinthians
Campeonato Brasileiro-2006
Santos 2 x 0 Corinthians
Campeonato Paulista-2007
Santos 2 x 1 Corithians
Campeonato Brasileiro-2007
Santos 1 x 1 Corinthians
Campeonato Paulista-2008
Santos 2 x 1 Corinthians


A lotada Vila Belmiro será a arma do Santos para a primeira partida da decisão do Campeonato Paulista de 2009. Contando com um retrospecto mais do que favorável atuando no estádio de nome oficial Urbano Caldeira contra o Corinthians no século 21, os comandados de Vágner Mancini abrem neste domingo a final do Estadual contra o invicto Timão, às 16 horas (de Brasília).

Diante de um Corinthians embalado pela eliminação sobre o São Paulo na etapa semifinal e pela invencibilidade na temporada, o Santos tenta também mostrar que o tropeço de quarta-feira na própria Vila não abalou o brio dos atletas praianos. Embora tenha sido eliminado de forma vexatória pelo modesto alagoano CSA na segunda rodada da Copa do Brasil, com uma derrota por 1 a 0, o Peixe tenta também recuperar a taça paulista, que conquistou nos anos de 2006 e 2007.

O grande trunfo santista para sair na frente da disputa neste domingo, assim, será o caldeirão da Vila, que estará tomado por 18 mil torcedores no domingo dispostos a manter a soberania do time praiano no estádio. De 2001 até então, foram 12 partidas realizadas na casa do Peixe, com oito vitórias dos anfitriões, dois empates e apenas duas derrotas - a última delas, aliás, há quase quatro anos.

Os únicos tropeços do Santos em seu estádio neste século aconteceram em partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro. Em 2001, com Wanderley Luxemburgo no banco corintiano e Marcelinho Carioca no meio-de-campo santista, o Timão conquistou um triunfo por 2 a 0, com gols de Luizão, cobrando pênalti, e Galván, contra.

Quatro anos depois, em repetição de jogo anulado em decorrência da Máfia do Apito, os paulistanos voltaram a vencer: 3 a 2, resultado selado aos 42 minutos do segundo tempo com gol de Carlos Alberto, também em tiro livre da marca da cal. De 2005 para cá, quatro clássico entre os alvinegros na Vila, com três vitórias do Santos e um empate.

Em Campeonatos Paulistas, a vantagem santista na Vila neste século é irretocável: três jogos e três vitórias - mas o tabu se estende há 23 anos sem vitórias do Corinthians no Urbano Caldeira (a última foi em 1986, por 2 a 0). Mas o técnico Mano Menezes não teme que a soberania do Peixe prevaleça. Pelo contrário: o gaúcho acredita que seus pupilos, liderados em campo por Ronaldo, farão frente e diminuirão a vantagem praiana.

"Na prática, o que vale é o que este time do Corinthians pode fazer contra o grupo do Santos. A estatística está aí para mostrar o que foi feito até agora. Daqui para frente, seremos nós que escreveremos os as estatísticas", alertou Mano.


Marcelo Ferrelli /Gazeta Press

"Esse é um período de quebras de tabus", acrescentou o treinador, que usou um feito do próprio Santos e dois do Corinthians para ilustrar sua argumentação. "O Santos não ganhava uma partida do Palmeiras no Parque Antártica em Paulistas há 40 anos. O nosso time também ganhou dois jogos contra o São Paulo, sendo que não vencíamos clássicos há bastante tempo. E quebramos o recorde dos invictos", lembrou o treinador.

E o novo feito imbatível estabelecido pelo Corinthians, que não perdeu uma partida sequer em 2009, tirou a Taça dos Invictos do São Paulo (o Tricolor ficou 20 jogos sem perder entre 2005 e 2006) no último domingo. Mas, agora, é o Santos quem quer frustrar o rival. E, ao mesmo tempo, se recompor do tropeço de quarta-feira.

A ordem é esquecer a derrota para o CSA, em plena Vila Belmiro, e focar todas as atenções para a decisão do Campeonato Paulista. De quase eliminado, o Peixe mostrou força para chegar a final, superando o Palmeiras, nos dois jogos da semifinal.

A arrancada santista comandada por jovens jogadores como o meia Paulo Henrique Lima e o atacante Neymar rende comparações com o Santos campeão brasileiro de 2002, liderado naquela época pela dupla Diego e Robinho. Sem compartilhar do entusiasmo da torcida quanto a essa comparação, o técnico Vágner Mancini vê algumas semelhanças entre os dois times.

"Fica difícil de fazer comparações, pois são gerações diferentes. Daquele Santos, atualmente seis ou sete jogadores estão na seleção brasileira e o time de hoje é diferente. A igualdade que vejo foi na forma como chegaram à final. Aquela equipe se classificou em oitavo lugar e foi crescendo. Nós também nos classificamos de forma dramática, com aquele jogo em Campinas (3 a 2 sobre a Ponte Preta). Depois eliminamos um rival nas semifinais, como em 2002", comentou.


Djalma Vassão/Gazeta Press

Outra coincidência é o adversário da decisão. Novamente o Corinthians pela frente. E como em 2002, o Alvinegro Praiano tratou de passar o favoritismo para o adversário. "O Corinthians tem um time equilibrado, entrosado, que joga um futebol bonito. E até por conta de tudo que fez durante o campeonato, deve ser apontado como favorito. Fica difícil falar em igualdade (de forças) também pela vantagem que eles têm. Será um jogo dificílimo", disse Mancini.

Para o primeiro duelo, o grande trunfo do Santos para reverter a vantagem corintiana é jogar em seu estádio. Pará, que deverá ser o companheiro de Germano no meio-de-campo, em substituição ao suspenso Roberto Brum, confia na força do alçapão santista para sair na frente na decisão.

"Agora é uma final e temos que encarar o Corinthians de igual para igual. Vamos jogar em casa e temos que nos impor. Precisamos fazer um grande jogo, ter atenção na marcação, sem bobear. Se fizermos isso, temos condições de sair de campo com um grande resultado, que nos daria uma tranquilidade para o jogo de volta", analisou.

Enquanto o Santos tem baixas no meio-de-campo, Mano terá que fazer apenas uma alteração no time que venceu o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi. O atacante Dentinho, suspenso ao acumular três cartões amarelos, deverá dar lugar ao meia Morais.O esquema tático corintiano também será alterado, saindo de um 4-3-3 e retornando ao 4-4-2.

Embora tenha que abrir mão de um esquema mais ofensivo, Mano Menezes não espera uma partida truncada neste domingo. Tudo porque, segundo ele, a Vila é um dos maiores gramados do futebol brasileiro - ainda que a impressão seja outra.

"Não há diferenças em termos de dimensões do campo, mas o ambiente pode parecer pela proximidade do alambrado", explicou Mano Menezes. "Parece que o campo da Vila é menor, mas na verdade é até maior que a do Estádio Olímpico. Realmente é um ambiente diferente e você tem que estar preparado para isso, com os jogadores concentrados", cobrou.
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