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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Regulamentos diferentes deixarão F-1 "tendenciosa", critica Ferrari

O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, criticou a implementação do teto orçamentário opcional na F-1 a partir do Mundial de 2010 e disse que a proposta, que estabelece dois regulamentos diferentes para quem optar ou não pelo limite, poderá gerar um campeonato injusto e até mesmo "tendencioso".


A escuderia que se submeter ao teto de orçamentário de 40 milhões de libras (R$ 128,8 milhões) imposto pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) receberá vantagens técnicas, como utilizar asas móveis e contar com um motor sem limite de giros, e poderá testar seus carros durante todo o ano.

A quantia não inclui o pagamento do salário dos pilotos e os gastos com publicidade, além de multas impostas pelas FIA. Em 2010, o teto orçamentário também não vai incluir o custo com os motores. Uma Comissão de Custos irá monitorar as equipes e não poderá ter relação com nenhuma delas.

Segundo Montezemolo, a criação de dois regulamentos causaria uma confusão no público e "diminuiria o valor" da F-1.

"Existem dúvidas se duas categorias de equipes deveriam ou não ser criadas, porque isso significaria, inevitavelmente, que uma delas teria vantagem sobre a outra. O campeonato seria fundamentalmente injusto e talvez até tendencioso", disse o dirigente.

Resposta

A resposta do presidente da FIA, Max Mosley, foi direcionada à necessidade de corte de custos. "A indústria automobilística e o setor financeiro são as duas principais fontes de renda da F-1. Ambos estão em sérias dificuldades. Não podemos apenas sentar e esperar que nada de ruim irá acontecer", falou.

O dirigente ainda lembrou a saída da Honda da F-1 e criticou as montadoras. "Já perdemos uma fabricante e, apesar dos meus pedidos, nenhuma delas nos deu um documento legal dizendo que vão continuar na F-1", reclamou. "Podemos perder outra montadora a qualquer momento."

"Já sabemos que os níveis atuais de gastos são insustentáveis para as equipes independentes. Se queremos reduzir o risco de o Mundial de F-1 acabar, precisamos atrair novas equipes e diminuir os custos radicalmente. Assim, a questão é extremamente urgente", alertou Mosley.

Após a resposta de Mosley, a Ferrari divulgou um comunicado oficial dizendo que "o esporte deve manter seus princípios e se colocar na vanguarda em termos de pesquisa, com participação das equipes competindo esportivamente e tecnicamente".

"A Ferrari, assim como as outras equipes da Fota [Associação das Equipes de F-1], percebeu a urgência por uma redução significativa de custos e acredita que o futuro desse esporte necessita de estabilidade nas regras", alertou a equipe, que reiterou que tal estabilidade incentivará a permanência das escuderias e a entrada de novos times.

"Essa é a posição da Ferrari, que busca o interesse do esporte sem querer causar nenhuma controvérsia sem sentido e que possa fazer mal a todos os envolvidos", encerra a nota.
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