Mesmo tendo anunciado sua parceria com o Flamengo, no fim do ano passado, José Aldo entrou no octógono para defender seu título diante de Chad Mendes sem nenhuma referência ao clube. Apesar de ter erguido uma bandeira de uma torcida organizada quando foi comemorar a vitória dentro da arquibancada da arena, o lutador explicou que não houve tempo de resolver algumas questões relacionadas aos patrocinadores, mas prometeu que levará o escudo do Rubro-Negro em seu próximo combate.

- Eu estou fechado com Flamengo. A minha equipe entrou com umas camisas do Flamengo. Ali na hora da emoção eu cheguei a levantar uma bandeira. Mas sem dúvidas na próxima luta vai estar tudo certo e vou levar o ''CRF'' no peito - disse Aldo, que foi interrompido pelo compatriota Vitor Belfort:

- É porque o salário está atrasado. Flamengo, tem que pagar o Aldo - brincou o peso-médio.

Questionado, mais uma vez, sobre os malefícios que o fato de representar um clube no Ultimate pode trazer, como vaias por parte de brasileiros, José Aldo usou a seleção brasileira de futebol como exemplo e garantiu que dentro do octógono irá sempre representar o povo do seu país.

O Dedé do Vasco vai jogar Copa do Mundo pelo Brasil e todo mundo vai torcer por ele. Não sou jogador, mas sou um atleta brasileiro que representa toda a nação. Não importa Flamengo, Vasco ou o que seja - disse o lutador, que comparou sua vitória como uma grande vitória no Maracanã.

- Frequentei muito estádio, sei como é torcida e na luta eu estava ouvindo cada grito que vinha para mim. Me motivou bastante. Tive que ficar preso na luta, para não errar os movimentos. Acabou que fui parar nos braços da galera - contou.

O técnico de José Aldo, Dedé Pederneiras, revelou que estava com uma camisa do Flamengo em seu bolso, mas, diante da correria de Aldo após o nocaute no adversário, ficou impossível levantar as cores do clube.

- Eu já esperava que ele fosse fazer uma "cagada". Acabou que a camisa do Flamengo ficou no meu bolso e estragou tudo - revelou o treinador.