Nem só os testes físicos e os treinamentos com bola são assuntos recorrentes na pré-temporada do Cruzeiro na Toca da Raposa II. Desde a última quinta-feira, quando o gerente de futebol Valdir Barbosa assumiu que o clube havia atrasado os salários dos jogadores em quatro dias, o tema é assunto no clube.
Questionado sobre se os salários efetivamente haviam sido quitados, conforme declarou o gerente, Roger foi curto e deixou a resposta no ar.
- Isso é uma pergunta para o diretor, para o Valdir, não vou falar se está atrasado ou não.
Mas o meia deu seu ponto de vista de um modo geral e explicou que quando há atraso no pagamento, os jogadores mais novos é que sofrem mais.
- É difícil comentar porque fica uma situação complicada dentro do clube, parece que você está reclamando. Mas somos profissionais como outros, temos contas e compromissos. Ouvimos na rua que ganhamos bem, mas não é assim. Alguns ganham e conseguem ter reserva, mas outros vivem no limite e o que recebem é para pagar contas, prestações de carros, apartamentos. E quando atrasamos tem multa, mas quando recebemos atrasado não tem reajuste. Aqueles que estão começando e ganham menos vivem uma situação difícil e os mais velhos tem que ajudar.
Questionado se já viveu esse tipo de situação em outros clubes, o jogador lembrou Fluminense e Benfica-POR.
- Passei por isso no início da minha carreira no Fluminense, uma vez ou outro no Benfica, mas foi pouca coisa.
Nenhum diretor ou gerente de futebol quis falar sobre o assunto na Toca da Raposa II.