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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Tragédia no Egito: governo decreta luto, e dirigente culpa 'pistoleiros'

Um diretor do clube egípcio Al Masry, Mohamed Sein, denunciou nesta quinta-feira a existência de pistoleiros infiltrados entre os torcedores da equipe da cidade de Port Said, que na última quarta-feira foi cenário da maior tragédia do futebol egípcio, com 74 mortos.

Um diretor do clube egípcio Al Masry, Mohamed Sein, denunciou nesta quinta-feira a existência de pistoleiros infiltrados entre os torcedores da equipe da cidade de Port Said, que na última quarta-feira foi cenário da maior tragédia do futebol egípcio, com 74 mortos.


- Não entendo como os torcedores do Al Masry puderam fazer isso após a vitória. Acredito que havia pistoleiros infiltrados que os incitaram - disse Sein, explicando que a presença desses homens teria alguma relação política.

Na noite de quarta-feira, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, que controla quase metade do Parlamento egípcio, culpou os partidários do antigo regime de Hosni Mubarak, deposto no ano passado, pela tragédia.

Luto oficial e protestos no Cairo

A selvagem batalha entre os torcedores do Al Masry e os de seu rival, o Al Ahly, do Cairo, começou logo após o árbitro apitar o final da partida vencida por 3 a 1 pelo time da casa. Por conta da tragédia, que deixou mais de mil feridos, o governo do Egito declarou luto oficial de três dias no país.

O governo também avisou que um comitê será instaurado para averiguar as causas e os culpados pelos incidentes que revoltaram a população na capital do país. Manifestantes interromperam nesta quinta-feira o trânsito de veículos na Praça Tahrir, na capital Cairo, e os acessos à sede da emissora de TV em protesto pela tragédia.

Um policial disse que os manifestantes impediram o acesso de carros à Tahrir, onde há centenas de pessoas acampadas desde o 25 de janeiro pedindo a renúncia da Junta Militar que governa o país. Dezenas de pessoas se concentraram ainda na Praça de Talaat Harb, muito próxima da Tahrir, para protestarem contra o massacre.

Por causa dos últimos acontecimentos, as autoridades reforçaram a segurança no entorno do prédio do Ministério do Interior. O temor é que os torcedores do clube cairota Al Ahly, um dos envolvidos na batalha campal, entre em confrontos com adeptos do Zamalek, outro time do Cairo.

Tragédia anunciada

Sein explicou que há poucos dias a direção do clube se reuniu com os torcedores para pedir-lhes que recebessem os seguidores do AlAhly de maneira civilizada, o que foi prometido por eles.

Segundo uma testemunha dos fatos, os torcedores do Al Masry lançaram ameaças de morte aos torcedores e jogadores do time rival desde o início do jogo, e no final invadiram o campo para persegui-los.
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