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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Umea diz não ter US$ 1 milhão para investir em Marta e desiste da craque

Um dia depois de se queixar por não conseguir saber o quanto seria preciso pagar para levar Marta de volta ao Umea, o diretor de futebol do clube sueco, Niklas Westman, enfim descobriu o preço da craque brasileira. E levou um susto quando leu a resposta do empresário da jogadora, Fabiano Farah: US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) por um ano de contrato.


- Eu enviei um e-mail perguntando a partir de qual valor era possível abrir uma negociação e a resposta foi US$ 1 milhão. Um preço maior do que o esperado e que não acredito que nenhuma outra equipe sueca tenha condição de pagar - afirmou Westman.

Farah confirmou o contato, mas não a quantia. Segundo ele, o Umea deveria valorizar Marta por tudo que ele representa dentro e, também, fora de campo.

- A Marta está acima de qualquer valor que possa ser especulado. Dentro de campo não precisa justificar o valor dela e, fora de campo, ela traz uma mega exposição ao clube e ao campeonato no qual ela atua. É importante entender que a carreira da Marta desde que ela chegou na Suécia (em 2004) para os dias de hoje tomou uma outra projeção. Ela conquistou todos os títulos possíveis na Suécia, foi eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, feito que nem nomes como Zidane, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho conseguiram. Nos EUA, foi artilheira durante três anos e bicampeã da liga local. Ele representa valores institucionais e econômicos únicos – afirmou Farah, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.

De acordo com o empresário, uma prova da importância da craque brasileira é o fato dela ser embaixadora da ONU, título dado a poucas mulheres, entre elas, estrelas mundiais como Angelina Jolie, Gisele Bündchen e Maria Sharapova.

- O que não se pode hoje é essa miopia. Deixar de enxergar o que foi a Marta antes e o que é a Marta agora. Ela agrega muito, seja no âmbito esportivo, institucional ou econômico.

Niklas Westman, entretanto, parece não se preocupar com tudo que a “marca” Marta pode trazer ao clube. O dirigente contava com uma pedida pelo menos R$ 500 mil mais barata e disse que, dessa forma, o Umea está fora da briga para repatriar a craque que vestiu a camisa do clube entre 2004 e 2008. Segundo ele, a folha salarial da equipe é o equivalente a R$ 750 mil anuais.

- Investir uma soma dessas iria falir o clube. Não vale à pena. O que acontece se ela se machucar, por exemplo? Se o valor baixar, podemos voltar a negociar. Mas, hoje, desse jeito, é impossível para nós - acrescentou.

Göteborg e Tyresö são os outros dois clubes da Suécia na briga por Marta. O presidente do Goteborg, Peter Bronsman, disse já ter feito proposta pela brasileira. A diretoria do Tyresö, porém, continua fazendo mistério. Mas também considerou alta a pedida do empresário de Marta.

- É bem barato se comparado ao futebol masculino mas, considerando-se que a liga americana (WPS) fechou as portas, é muito dinheiro para o futebol feminino. No momento, não estamos negociando, mas a possibilidade não está descartada - disse a diretora de comunicação do clube, Carina Johansson, ao jornal “Expressen”.

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