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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Vasco mostra cara de Libertadores e vence paraguaios na Colina

Os protestos que a torcida promoveu na arquibancada de São Januário serviram para lembrar um pouco da bela história que o Vasco tem na luta contra o racismo. Uma lição do passado que se fez presente. Dentro de campo, o time também precisou buscar inspiração num passado nem tão distante assim para vencer o Libertad e ganhar moral na Libertadores. Foi dos pés de Juninho, aquele mesmo, do gol monumental de 1998, que o Cruz-Maltino abriu caminho para a vitória. Agora o time lidera o grupo, ao lado dos paraguaios, com sete pontos.


Inicialmente, Cristovão Borges surpreendeu com uma armação mais ofensiva, com três atacantes e Felipe responsável pela organização das jogadas. O problema foi conseguir furar a retranca paraguaia. O Libertad entrou com apenas um jogador mais avançado e ficou com o restante do time quase todo atrás do meio de campo, esperando pelos cruz-maltinos.

No começo, as primeiras investidas foram pela direita, buscando aproveitar a reedição de uma dupla que deu bastante certo em 2011: Fagner e Eder Luis. Mas faltava espaço para os ligeirinhos.
O primeiro lance de perigo, porém, foi do Libertad. Após rebote da defesa, Cáceres arriscou o chute, mas acabou errando o alvo. Os paraguaios, pouco depois, assustaram novamente, com Civelli, cortado por Fagner no último instante.

Com a torcida inflamada, o Vasco tentava sair para o jogo. Os volantes buscavam o tempo todo Felipe, que bem marcado, não conseguia descolar bons passes. Apesar de três atacantes, o time não dava opção para o Maestro.

Além do ferrolho, o Libertad, assim como na partida no Paraguai, abusou das entradas mais fortes. Civelli e Menéndez foram advertidos com cartão amarelo.

Para tentar buscar espaços pelas laterais do campo, Barbio e Eder começaram a trocar de lado. Inicialmente, deu certo. Pela esquerda, Eder Luis começou a dar mais opção para Thiago Feltri. Foi do lateral-esquerdo, inclusive, alguns dos principais lances do Vasco. Primeiro cruzou rasteiro e, após deixadinha, Alecsandro pegou mal na bola, de esquerda. Depois, fez linda jogada individual, passou por dois e lançou na área. Eduardo Costa quase fez de cabeça.
Fora isso, o Vasco não conseguiu levar grande perigo ao gol paraguaio. Ficou preso na forte marcação do rival e, apesar de contar com dois atacantes rápidos, teve pouca movimentação.

Reizinho inaugura novo placar

Para o segundo tempo, Cristovão resolveu desfazer o esquema com três atacantes. Eder Luis, ainda sem o mesmo pique da temporada passada, deu lugar a Allan. O meio de campo acabou ficando mais ofensivo com mais uma alteração. Juninho entrou na vaga de Eduardo Costa.

O Vasco, com as alterações, ganhou o meio de campo e passou a ter mais opções. Logo nos primeiros minutos, criou duas boas chances. Alecsandro, aproveitando cruzamento de Fagner, cabeceou na rede pelo lado de fora. Depois, após linda jogada de ataque, com a bola passando de pé em pé, o camisa 9, novamente, passou perto, com um chute rasteiro.

Mas, aos 8 minutos, o Reizinho, com um chute cruzado, abriu o marcador. Quis o destino que fosse de um dos maiores ídolos da História do clube o primeiro gol do novo placar eletrônico e São Januário, inaugurado nesta quarta-feira. Afinal, Juninho e Libertadores têm mesmo tudo a ver.

O Libertad, que já não saia para o jogo, ficou assustado com o gol e passou a deixar espaços em sua defesa. Pela direita, Allan, que também entrou no intervalo, avançou em velocidade e cruzou para Alecsandro ampliar. Como prometido na semana passada, em vez de careta, o camisa 9 comemorou mandou beijinhos para a torcida, como gratidão pelo apoio no jogo contra o Alianza (PER), quando ele perdeu dois pênaltis e, mesmo assim, foi aplaudido.
A vantagem empolgou ainda mais os vascaínos. O time não recuou e seguiu pressionando. Barbio, em jogada individual, levou dois marcadores em velocidade e parado com falta próxima da área. Na cobrança, Juninho. O Reizinho tirou da barreira, mas o goleiro Muñoz defendeu.

Fellipe Bastos também teve uma ótima chance para ampliar. Ele, que entrou na vaga de Felipe, roubou a bola e, da entrada da área, acertou um chutaço, que passou próximo ao gol.
O Libertad assustou somente na reta final do jogo. Velázquez tirou tinta da trave aos 43 minutos do segundo tempo.
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