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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Ex-parceiro, Schumacher culpa "algo incorreto" e defende Massa

Parceiro de Felipe Massa na Ferrari em 2006 e um dos principais amigos do brasileiro na Fórmula 1, Michael Schumacher defendeu o colega das críticas nesta quinta-feira. Na entrevista coletiva oficial promovida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o alemão elogiou o desempenho do ex-companheiro nos testes da pré-temporada da Fórmula 1 e disse que o resultado discreto no Grande Prêmio da Austrália foi motivado por "algo" que "não estava certo".


"Sobre Felipe, se eu olhar para os testes de inverno, acho que está muito claro que os dois pilotos estavam muito próximos", disse Schumacher, em referência a Massa e ao espanhol Fernando Alonso. "Se eu olhar para o tempo de volta atingido nos testes de Barcelona, de novo estava muito perto. Então para ver aquela grande diferença de Melbourne só posso supor que houvesse algo não correto para ele".

As declarações do alemão, republicadas no site oficial da FIA, foram concedidas na entrevista da véspera da abertura dos treinos livres do Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1. A pré-temporada da categoria em 2012 contou com três programas diferentes: entre 7 e 10 de fevereiro, em Jerez de la Frontera, Alonso teve como melhor tempo 1min18s877, contra 1min21s060 de Massa; entre 21 e 24 de fevereiro, em Barcelona, o espanhol fez 1min23s180, contra 1min23s563 do brasileiro; entre 1º e 4 de março, de novo em Barcelona, o bicampeão mundial cravou 1min22s250, contra 1min22s413 do parceiro.

A distância entre os representantes da Ferrari estava, de fato, menor que a observada no GP da Austrália, que abriu o novo Mundial no último fim de semana. Em Melbourne, Alonso rodou no início do Q2 do treino classificatório e encerrou precocemente sua participação na sessão - ainda assim, superou Massa e largou na 12ª posição com a marca de 1min26s494, contra a de 1min27s497 feita pelo brasileiro, 16º colocado.

Na corrida, o espanhol também levou vantagem e foi o quinto colocado apesar de admitir as dificuldades com o novo modelo da Ferrari, o F2012. Enquanto isso, Massa não foi bem depois da boa largada que o levou ao décimo lugar: ele estava em 13º quando, 11 voltas do fim da prova, envolveu-se em acidente com o compatriota Bruno Senna, da Williams, e abandonou.

Defendendo o ex-companheiro, Schumacher ainda cometeu uma pequena gafe, citando, segundo o site da FIA, que "ele lutou pelo campeonato em 2009". Na verdade, Massa esteve perto do título da F1 em 2008, quando terminou um ponto atrás do campeão, o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. No ano seguinte, o brasileiro foi o 11º melhor da categoria, sendo que não participou das últimas oito etapas do calendário devido ao acidente com a mola que se soltou da Brawn GP do brasileiro Rubens Barrichello no treino classificatório para o GP da Hungria, em julho.

"Ele sempre esteve lá na frente, então não vejo razão alguma para que ele não seja capaz de fazer isso no futuro. Confio em que ele fará isso, e em que o time fará tudo o possível para ajudá-lo no apoio que precisar", prosseguiu o alemão. Para a etapa em Sepang, Massa contará com um novo chassi - a Ferrari citou o "desempenho incomum do carro" do corredor na Austrália para explicar a troca. No último fim de semana, o paulista criticou o equilíbrio do veículo e culpou o desgaste dos pneus pelo desempenho inferior ao de Alonso: "isso só aconteceu no meu carro, não gasto pneu e temos de descobrir o porquê".

Na coletiva desta quinta-feira, Schumacher respondeu às seguintes perguntas sobre Massa feitas por um repórter da Gazzetta dello Sport, principal jornal esportivo da Itália: "um par de questões para Michael: você pilotou muito (tempo) para a Ferrari. Como você explica a situação em que eles estão agora? Você é muito próximo a Felipe: o que você lhe sugere neste momento muito crítico para ele?".

Schumacher não quis responder ao primeiro questionamento, apontando que "não há razão para especular porque não estou dentro (do time italiano), então não sei os detalhes e não razão para comentar".

Heptacampeão mundial, o experiente piloto, 43 anos, faturou cinco títulos com a Ferrari. Ele defendeu a escuderia de 1996 a 2006, quando anunciou a aposentadoria em atitude a qual disse ter tomado para ajudar o brasileiro, visto que o finlandês Kimi Raikkonen já tinha sido contratado para 2007. O alemão retornaria à F1 em 2010, guiando desde então para a Mercedes em um contrato válido por três temporadas.
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