O elenco do Palmeiras está blindado em relação aos problemas internos entre comissão técnica e diretoria. Por isso, ninguém mostra preocupação com o anúncio feito pelo técnico Luiz Felipe Scolari no último domingo: em entrevista à TV Gazeta, o comandante avisou que não vai permanecer no clube em 2013, deixando claro que seu contrato não será renovado para a próxima temporada. Às vésperas de uma decisão de vaga nas semifinais da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Atlético-PR, os jogadores do Verdão preferem pensar no presente.

O contrato de Felipão com o Palmeiras só termina daqui a sete meses, e até lá o clube disputa três competições: Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. Por isso, os mais experientes do grupo acreditam que o técnico pode mudar de ideia de acordo com o desempenho do Verdão no restante da temporada. O goleiro Bruno acredita até em uma renovação do vínculo do comandante, caso os títulos apareçam.

– Não acompanhei a entrevista, mas ele deve ter falado isso porque o contrato acaba e ele não sabe o que vai acontecer depois. Mas um título até o fim do ano muda tudo. Temos três campeonatos para disputar, e títulos e boas campanhas vão fazer o Felipão mudar de ideia – analisou o goleiro.

– Enquanto a diretoria não conversar com ele, é natural que pense em sair. Mas o título vai mudar esse pensamento – completou.

Bruno assegura que o grupo está concentrado na decisão da vaga contra o Atlético-PR, e por isso as decisões extracampo não afetam o ânimo para o confronto. Na reapresentação do elenco, nesta segunda-feira, Felipão não conversou sobre o assunto com os jogadores.

– Isso não vai afetar em nada, essas declarações não entram no vestiário. O que ele nos passa todo dia é a vontade de vencer e querer sempre mais. E ele percebe no grupo a mesma vontade de conquistar títulos, por isso acho que o Felipão está feliz no Palmeiras – disse Bruno.

Na segunda-feira, os dirigentes do Verdão negaram qualquer acordo para a saída de Luiz Felipe Scolari. O presidente Arnaldo Tirone avisou que pretende mantê-lo no futuro, caso seja reeleito para seu cargo no Palmeiras – as eleições presidenciais ocorrem em janeiro de 2013.