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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Derrotada no tribunal, Ferrari menospreza novas equipes e chama F-1 de GP3

Foto: Folha Imagem

Derrotada no tribunal, Ferrari menospreza novas equipes e chama F-1 de GP3
A Ferrari, que teve sua apelação contra o regulamento de 2010 da F-1 rejeitada nesta quarta-feira, atacou as novas escuderias que pretendem ingressar na categoria devido ao teto orçamentário de 40 milhões de libras (cerca de R$ 126 milhões) e disse que o campeonato poderia se tornar uma "F-GP3".


Segundo o site da revista inglesa "Autosport", Wirth Research (de Nick Wirth, ex-chefe da extinta equipe Simtek), Epsilon Euskadi (escuderia espanhola que corre na Le Mans Series e World Series da Renault), RML (inglesa, da Le Mans Series e também parceira da Chevrolet no WTCC --Mundial de Turismo da FIA), a Campos (da GP2) e a Formtech pretendem ingressar na F-1 em 2010.

Além destas cinco equipes, a construtora Lola, a equipe iSport (também da GP2), a Litespeed (F-3 inglesa), a Prodrive (de David Richards, ex-dirigente de Benetton e BAR) e a norte-americana USGPE também já manifestaram interesse em entrar na categoria por conta do limite orçamentário.

A Ferrari, no entanto, desprezou o interesse dessas escuderias. "As pessoas que trabalham na Ferrari quase não acreditaram no que viram quando leram os jornais dessa manhã e descobriram os nomes das equipes que declararam interesse em correr na F-1 no próximo ano", informa um comunicado oficial da escuderia.

"Olhando para a lista, que vazou ontem em Paris, você não consegue achar um nome famoso, que gaste 400 euros por pessoa por um lugar nas arquibancadas de um GP --mais as despesas da viagem e estadia", continua a Ferrari.

"Wirth Research, Lola, USF1 [que deve se chamar USGPE], Epsilon Euskadi, RML, Formtech, Campos, iSport: esses são os nomes das equipes que devem competir na F-1 de duas classes pretendida por Max Mosley [presidente da FIA]."

"Pode um Mundial com equipes como essas --com o devido respeito-- ter o mesmo valor da F-1 de hoje, onde a Ferrari, grande construtora de carros que criou a história deste esporte, compete? Não seria mais apropriada chamá-la de F-GP3?", finaliza o comunicado, em alusão a uma categoria que seria ainda inferior à GP2 --espécie de "categoria de base" da F-1.

Hoje, a escuderia italiana, que conta com os pilotos Felipe Massa e Kimi Raikkonen, também iniciou sua preparação em Mônaco para o GP do próximo domingo, sexta etapa do Mundial-2009.

FIA

Mosley, por sua vez, festejou a decisão da Justiça e fez críticas à Ferrari nesta quarta. "Nenhum competidor deve colocar seus interesses acima dos interesses do esporte em que competem", disse o dirigente.

"A FIA, as equipes e nossos parceiros comerciais agora continuarão trabalhando para garantir o bem-estar da F-1", concluiu Mosley

Impasse

Apesar de a FIA ter realizado uma reunião com as escuderias na última sexta-feira, que contou com a presença da FOM (Gerência da F-1, que cuida dos direitos comerciais da categoria), as partes não chegaram a um acordo, e Max Mosley descartou a possibilidade de vetar o limite orçamentário.

O prazo de inscrição para o próximo Mundial é 29 de maio. Ferrari e Renault disseram publicamente que abandonarão a F-1 se as regras não forem alteradas. BMW Sauber, Red Bull, Toro Rosso e Toyota também fizeram ameaças semelhantes.

A maior reclamação das escuderias diz respeito ao fato de que o teto irá gerar dois regulamentos diferentes na categoria --um para os times que adotarem o limite e outro para os que rejeitarem.

Segundo o que foi definido pela FIA, o time que se submeter ao teto receberá vantagens técnicas, como utilizar asas móveis e contar com um motor sem limite de giros, além de poder testar seus carros durante todo o ano e usar um Kers (sistema de recuperação de energia cinética) duas vezes mais potente.

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