Anderson Varejão pode dizer que conhece bem o americano LeBron James. Isso porque eles atuaram juntos no Cleveland Cavaliers por seis anos, mas mesmo assim o ala/pivô não tem uma fórmula para conter os pontos do astro do Miami Heat em um possível confronto entre Brasil e Estados Unidos na Olimpíada.

"É complicado, um cara que pode fazer um pouco de tudo. Então você faz o seu melhor e torce para ele errar", afirmou o brasileiro. Para os Jogos de Londres, o Brasil está no Grupo B, enquanto os americanos fazem parte do A. Dessa forma, o cruzamento entre as duas seleções aconteceria na fase final da competição olímpica.

Antes de pensar nisso, a equipe brasileira deve passar de fase e a preparação para chegar bem em Londres já começou com fortes treinamentos.

"Temos a preparação de um mês e meio e faz parte a cobrança nos treinos. A gente está indo com força total, se é a hora certa de ganhar a gente só vai saber depois da Olimpíada", disse o atleta, que ficou sem jogar mais de três meses por conta de uma lesão na mão direita, que ele garante já estar 100% curada.

NBA

Atuando desde 2004 nos Estados Unidos, Varejão defende seu ex-companheiro LeBron James das críticas que ele não joga bem em decisões.

"Acho injusto isso. Ele é o foco, sempre vai ser o foco de tudo. É um jogador diferenciado, está entre os melhores do mundo. Quando você tem a bola o tempo inteiro na sua mão você vai acertar, mas também vai errar mais", disse.

Pelo segundo ano consecutivo, o Miami Heat chegou à final da NBA. Depois da derrota para o Dallas Mavericks na temporada passada, esse ano a equipe da Flórida enfrenta o Oklahoma City Thunder. Porém, mesmo torcendo por James, Varejão acredita na vitória do time de Kevin Durant.

"Miami vem forte, eles têm três jogadores que são bem diferenciados (James, Dwyane Wade e Chris Bosh). Mas o Oklahoma é mais completo em todas as posições, e com o mando de quadra tem mais chances de ser campeão", acrescentou.

Dream Team

A Seleção está concentrada em São Paulo e na última quarta-feira Leandrinho Barbosa disse que o "Dream Team" dos Estados Unidos conta com estrelas demais e assim pode não dar certo nos Jogos. Por outro lado, Varejão vê a qualidade dos americanos como diferencial para Londres.

"O importante é eles saberem o que cada um tem que fazer para a seleção deles. Porque cada um é o destaque nos times da NBA, a bola vai sempre neles. Eles são inteligentes e talentosos o suficiente para saber o que fazer e o que não fazer dentro da quadra", explicou o ala/pivô.