O Conselho Deliberativo do Treze se reuniu no final da tarde desta quinta-feira e por unanimidade decidiu rejeitar a proposta da Confederação Brasileira de Futebol para que desistisse das ações na justiça comum em que tenta uma vaga na Série C de 2012. Segundo os diretores do Alvinegro, a proposta era a de retirar as ações e em troca ficar com uma vaga na Série D, mas o clube decidiu manter a briga contra a entidade máxima do futebol nacional.
- Nada de acordo. O Treze segue firme em seu propósito de disputar a Série C – destacou Fábio Azevedo, presidente do clube.
Ele explicou ainda que o presidente da CBF, José Maria Marín, apelou para o “futuro do futebol brasileiro” para que o time encerrasse o conflito jurídico. Marín teria dito que o Treze era o único clube que ainda mantinha uma ação na Justiça e que só ele poderia ceder.
Um dos problemas, segundo Fábio, é que hoje o Treze foi surpreendido com a decisão do Estado do Acre de retomar a ação em favor do Rio Branco.
- Eles estão de brincadeira. Pedem para a gente abandonar a disputa, por ser o único clube que ainda mantém uma ação, mas logo depois o Rio Branco volta à esfera jurídica. Não podemos fazer acordo – destacou.
Pessoas ligadas ao clube e que também estavam na reunião disseram que a decisão passou também pela “vontade de toda a torcida do Treze”, que é massivamente favorável à permanência das ações por parte do Galo.
O encontro desta quinta-feira aconteceu um dia depois de Fábio Azevedo se reunir em São Paulo com o presidente José Maria Marín. A reunião foi mediada pelo senador paraibano Vital Filho e contou ainda com a presença de Marco Polo del Nero (presidente da Federação Paulista de Futebol).
Foi neste encontro que a CBF teria oferecido ao clube de Campina Grande uma vaga na Série D do Brasileirão. Mas com a negativa do Galo, a briga deve continuar por tempo indeterminado. Assim, a Série C segue paralisada por tempo indeterminado.
Entenda o caso
O Treze tenta, através de medidas judiciais, a vaga que pertence ao Rio Branco para disputar a Série C do Brasileiro. No ano passado, a equipe acriana, após ter o seu estádio interditado pelo Ministério Público, acionou a Justiça Comum e acabou desclassificada da competição. Um acordo posterior com a CBF, no entanto, permitiu o retorno do clube.
Como ficou na quinta colocação da Série D, o Galo da Borborema se sentiu prejudicado e, por isso, ingressou com uma ação pedindo a vaga junto ao STJD, onde foi derrotado por unanimidade. Sem saída, o alvinegro paraibano 'apelou' para a Justiça Comum e conseguiu uma liminar, expedida pela juíza da 1ª Vara Cível de Campina Grande, Ritaura Rodrigues, para disputar o campeonato. A liminar em seguida foi mantida pelo desembargador Genésio Gomes Pereira Filho, do TJ da Paraíba.
