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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Tite revela 'parabéns' dos rivais e diz que ainda não falou sobre renovação

O título da Taça Libertadores elevou Tite a um patamar raro entre os técnicos de futebol. Até mesmo quem contestava seu estilo de jogo, nem sempre vistoso, se curvou à competência do treinador. E, se entre os corintianos ele já é quase unanimidade, os adversários também passaram a reconhecer seus feitos. O técnico disse que, depois da vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors (ARG), foi cumprimentado por torcedores dos principais rivais.


- Ouvi coisas boas de palmeirenses, são-paulinos, gremistas, colorados... Acho que isso acontece porque compreendo a dor de quem perde e não tripudio de ninguém. Só quero comemorar porque eu também sofro quando perco. O que mais recrimino no meu time é que não se respeite o adversário porque não gosto que façam comigo - disse o comandante.

Tite ficou muito feliz com as manifestações de torcedores de outras equipes. Alguns admitiram que secaram o Corinthians na Libertadores, mas ficaram felizes por causa do treinador. Mas, segundo ele, nada disso seria possível se a diretoria não tivesse mantido seu trabalho após a eliminação na competição do ano passado, para o Tolima (COL).

Na ocasião, dirigentes e torcedores pressionaram para que ele fosse demitido, mas o então presidente Andrés Sanches não sucumbiu. No fim do ano, Tite foi campeão brasileiro e ganhou direito de disputar a Libertadores de 2012. Para ele, a diretoria merece os cumprimentos por ter acreditado em seu planejamento.

- Tenho muita gratidão aos presidentes Andrés Sanches e Mário Gobbi por isso. E por terem se esforçado para suprirem nossas necessidades. Eu precisava de um jogador de bola parada, finalização de média distância. Eles trouxeram o Alex, que era uma das opções, e fizemos gols assim contra o Boca e o Santos. Foi muito importante - ressaltou.

O contrato do técnico com o Corinthians vai até o fim deste ano, logo depois do encerramento do Mundial de Clubes. Ao menos por enquanto, ele jura que não conversou com a diretoria sobre o futuro. Acha muito cedo para discutir renovação e ocupou sua cabeça nos últimos meses com a preparação para tentar o título da Libertadores.

As próximas reuniões com a diretoria serão para definir o planejamento do segundo semestre. Tite se preocupa com as possíveis perdas. Leandro Castán e Willian já foram negociados com Roma (ITA) e Metalist (UCR), respectivamente. O lateral-esquerdo Ramon está de saída para o Flamengo, os reservas Ramirez e Gilsinho também não devem ser mantidos, o volante Paulinho está na mira da Internazionale (ITA) e o zagueiro Chicão tem proposta da China.

"Manter a equipe forte" é a lição que Tite quer passar aos dirigentes, de acordo com o que ele afirmou em sua participação no "Globo Esporte" desta segunda-feira.

Nos últimos sete meses, o gaúcho acrescentou ao currículo os títulos de maior peso: o Brasileirão e a Libertadores. Antes, ele já havia conquistado a Copa do Brasil, com o Grêmio, e a Sul-Americana, pelo Internacional. Em sua opinião, não apenas as conquistas, mas seu trabalho o credencia a estar entre os melhores do Brasil.

E o melhor? Esse rótulo, Tite não aceita.

- Ser o melhor é muito abrangente. Estar entre os melhores é algo que se deve comemorar. Para ser campeão dependo de continuidade, de trabalho, de qualidade. Não seria campeão por onde passei se não houvesse qualidade, é muito difícil saber e falar no melhor. Mas estar entre os melhores, sim, é muito importante - ponderou.

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