A estreia de Seedorf com a camisa do Botafogo já está confirmada. Domingo, contra o Grêmio, às 18h30 (de Brasília), no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro, ele entrará em campo com a camisa 10. No entanto, o escolhido para sair do time ainda é um mistério, que o técnico Oswaldo de Oliveira deve revelar no treinamento de sábado, quando pretende fazer um trabalho tático.

O principal candidato a ceder a vaga é Fellype Gabriel, que atua pelo lado esquerdo no meio-campo, onde Oswaldo afirmou ser uma possibilidade de usar Seedorf. Durante a semana, ele conversou seguidamente com o jogador para ajustar o seu posicionamento, já que terá apenas um treino para colocá-lo em campo com os titulares.

- Essa semana, conversamos várias vezes a respeito. A primeira foi logo depois do jogo com o Fluminense, ainda aqui no Engenhão. Foram longas conversas, interrompidas pelo jogo de quarta-feira, mas retomadas ontem (quinta-feira) e continuaremos. Não é que a gente esteja cobrindo demais de cuidado a situação, mas o importante é que se trata de um grande jogador entrando numa equipe que tem feito boas partidas - afirmou Oswaldo.

Seedorf recebeu uma série de elogios do treinador por sua forma física. Principalmente, pelo fato de já estar com 36 anos de idade. No entanto, apesar de exaltar a qualidade dos treinamentos, não se vê em condições de garantir o sucesso imediato do jogador já no confronto com o Grêmio.

- Pode ser surpreendente atá para mim, mas há um adversário do outro lado. Não é um esquete ou uma cena teatral em que se ensaiar bem vai dar certo. Há um antagonista querendo que isso não se aconteça - comentou o treinador.

No entanto, em um longo prazo, Oswaldo aposta na adaptação de Seedorf. Ele citou alguns problemas como o longo tempo atuando no futebol europeu, mas demonstrou otimisto em relação ao futuro para o Botafogo, principalmente pela motivação demonstrada pelo jogador desde a negociação.

- O ponto mais forte é a motivação de estar aqui por várias razões que vai ajudá-lo a superar problemas e barreiras. No momento em que a negociação quase não aconteceu, ele demonstrou que queria vir. Vejo dois lados na história, que é o fato de ser experiente e outro que se fosse mais novo poderia ter mais facilidade de adaptação por não ter ficado tanto tempo na Europa. Mas sou otimista e acredito que ele vá conseguir se adaptar - explicou Oswaldo.