O sonho do Santos de repatriar Robinho esteve muito perto de se concretizar. "Esteve" porque, segundo o técnico Muricy Ramalho, a negociação com o Milan ficou quase inviável e o Peixe chegou ao limite na tentativa de repatriar o Rei das Pedaladas.

Para Muricy, a negociação com o time italiano se complicou após as vendas de Ibrahimovic e Thiago Silva para o Paris Saint-Germain. Embora não descarte surpresas de última hora nesta sexta, data-limite da janela de transferências internacionais para clubes brasileiros, o treinador é cético quanto à volta do jogador.

- Chegou perto (de trazer o Robinho). Houve um esforço grande, mas acho que com a venda dos jogadores (Ibra e Thiago), complicou. O Santos chegou ao limite. O próprio Milan não quis negociar mais, senão ia ficar sem outro grande jogador. Não vai acontecer, mas chegou perto - admitiu.

O Santos pretendia oferecer 4 milhões de euros (R$ 10 milhões) ao Milan para contratar Robinho em definitivo, cedendo ainda o goleiro Rafael - que está com a Seleção olímpica em Londres - para amortizar o valor. Os italianos, porém, mudaram o tom da pedida e rejeitaram a inclusão do arqueiro na negociação.

Na expectativa

Quanto ao argentino Patrício "Pato" Rodriguez, Muricy já mostrou mais otimismo. Embora ainda não trate o meia como reforço, pelo fato de o jogador ainda não ter sido anunciado oficialmente no Santos, o treinador ratificou o interesse no atleta - que chegou ao Brasil na noite de quinta-feira.

- Não dá para falar (que ele é jogador do Santos) porque ele ainda não assinou. Mas é um jogador interessante, no qual os investidores estão apostando. A gente já tinha interesse nele há algum tempo, mas o valor antes era altíssimo - explicou Muricy, que ainda acredita em novidades até o fim desta sexta.

- Há a possibilidade ainda hoje de acontecer alguma coisa. A janela não fechou e, claro, as opções no mercado interno ainda existem. A diretoria está trabalhando duro e podemos ter novidades a qualquer momento - resumiu, em tom de mistério.