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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Com Marta apagada, Brasil perde para o Japão e dá adeus aos Jogos

Foto: (Foto: Agência Reuters)

Cristiane também não esteve em noite feliz, em Cardiff

Cristiane também não esteve em noite feliz, em Cardiff

Sem apresentar um futebol convincente em qualquer momento do torneio, chegou ao fim, nesta sexta-feira, o sonho da medalha olímpica para as meninas do futebol brasileiro. Mais uma vez com Marta apagada e pouco produtiva, o Brasil perdeu por 2 a 0 para o Japão, no Millenium Stadium, em Cardiff, País de Gales, e deu adeus aos Jogos de Londres.


Depois de duas medalhas de prata nos Jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008), a seleção brasileira ficou pelo caminho e, pela primeira vez, está fora das semifinais. Em Atlanta (1996) e Sidney (2000), o Brasil terminou na quarta colocação. Atual campeão mundial, o Japão segue vivo e vai enfrentar a França, nas semifinais, em Londres, na segunda-feira. Na outra semifinal, os Estados Unidos aguardam o vencedor de Canadá x Grã-Bretanha.

No duelo entre Marta - cinco vezes bola de ouro da Fifa - e Sawa - atual melhor do mundo -, a japonesa foi superior. Não que a camisa 10 do Japão tenha sobrado em campo. Ela teve apenas uma boa atuação e participou do primeiro gol japonês. Já a brasileira, que outrora encantou nos Jogos Olímpicos, pouco fez para ajudar a seleção, nesta sexta-feira.

Brasil começa bem

Mal soou o apito inicial, as japonesas já levaram perigo ao gol brasileiro. Com apenas 40 segundos de jogo, a defesa brasileira cochilou, e Ohno arriscou da entrada da área, obrigando Andreia a fazer grande defesa.

Apesar do susto, o Brasil foi melhor durante boa parte do primeiro tempo. Na primeira vez em que Marta e Sawa se cruzaram em campo, a brasileira levou a melhor. Meio como quem diz “Eu sou a melhor”, Marta deu um drible desconcertante e foi derrubada pela camisa 10 do Japão na entrada da área.

A cobrança não chegou a levar perigo, mas a seleção brasileira apresentava um futebol muito melhor do que o jogado na vitória por 1 a 0 sobre a Nova Zelândia e na derrota pelo mesmo placar para a Grã-Bretanha.

Com Marta participativa, o time de Jorge Barcellos teve ótimas oportunidades para abrir o placar no Millenium Stadium. Da marca do pênalti, Renata Costa chutou por cima do gol. Em seguida, Formiga tabelou com a camisa 10 e soltou um petardo de longe. A goleira Fukomoto teve de se esticar toda para evitar o gol.

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Apagão

O bonito lance empolgou os torcedores, mas foi o derradeiro de brilho do Brasil e de Marta. Como quem sofre um apagão, a seleção parou de jogar na metade do primeiro tempo. As brasileiras passaram a errar constantemente a saída de bola e pagaram caro por isso.

Primeiro, Ohno chutou por cima do travessão. Um minuto depois, Miyama driblou Renata Costa e chutou rente à trave. E não demorou para a pressão transformar-se em bola na rede. Em rápida cobrança de falta, Sawa aproveitou a desatenção da defesa brasileira e achou Ogimi livre para tocar na saída de Andreia e fazer 1 a 0 para o Japão.

Nervosismo

Ciente de que a sequência olímpica estava ameaçada, o time brasileiro voltou nervoso para o segundo tempo. Prova disso é que, logo aos três minutos, de forma não intencional, Marta acertou uma joelhada no rosto de Sakaguichi durante uma dividida e foi punida com o amarelo.

A camisa 10, aliás, pouco fez na segunda etapa. Em seu melhor lance, cobrou uma falta com perigo, mas para fora. Pouco produtivo, o Brasil quase não ameaçou as japonesas. Sem força para buscar o empate, a seleção teve sua melhor chance em uma cabeçada de Cristiane, que aproveitou cruzamento de Rosana e finalizou rente ao travessão.

Com o Brasil todo no ataque, o Japão não demorou a aproveitar os espaços deixados pela defesa verde-amarela. E, aos 27, saiu o golpe de misericórdia. Ohno recebeu ótimo lançamento na direita, gingou sobre Érica e chutou de canhota por cima da goleira Andreia. A bola ainda explodiu no travessão antes de entrar, o que deixou o lance mais bonito: 2 a 0.

O que se viu nos minutos finais da partida no Millenium Stadium foi desespero brasileiro. Sem organização alguma, a seleção se mandava ao ataque, mas foi o Japão que esteve mais perto de ampliar o placar nos contra-ataques.

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