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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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semifinais

À sombra de Bolt e Blake, brasileiros se garantem nas semifinais dos 200m

Usain Bolt foi barrado ao chegar ao Estádio Olímpico de Londres. Estava sem credencial. Ele, recordista mundial, bicampeão olímpico e consagrado neste mesmo palco dois dias antes, não poderia entrar.

Na raia 9 (esq.) Aldemir arranca para chegar em segundo, atrás apenas de Bolt na primeira bateria

Na raia 9 (esq.) Aldemir arranca para chegar em segundo, atrás apenas de Bolt na primeira bateria

Usain Bolt foi barrado ao chegar ao Estádio Olímpico de Londres. Estava sem credencial. Ele, recordista mundial, bicampeão olímpico e consagrado neste mesmo palco dois dias antes, não poderia entrar. Com atraso, após sua liberação, iniciou o aquecimento com a expressão fechada. Na pista, já mostrou a descontração habitual, fez graça com a torcida e descontou o aborrecimento anterior da melhor forma: com passadas rápidas. Não como nas finais, mas o suficiente para garantir, com folga, a classificação para as semis dos 200m rasos: 20s39. Ali, na mesma série e na raia do canto, o brasileiro Aldemir Gomes arrancou nos últimos metros, chegando atrás apenas do ídolo (20s53).


O filme se repetiu três séries depois. Yohan Blake foi o mais veloz (20s38), e Bruno Lins, finalista da prova no Mundial de Daegu, cruzou em segundo (20s52). O mais rápido no geral foi o equatoriano Alex Quiñonez, que completou a distância em 20s28. As semifinais estão marcadas para as 16h10m (de Brasília) desta quarta-feira.

Aos 20 anos, Aldemir comemorava a ida para a próxima fase. Em sua segunda competição adulta de nível internacional - a primeira foi o Ibero-Americano deste ano - ele preferiu pensar que estava num treino para encarar a estreia olímpica e exatamente na série que conta com o recordista mundial.

- Ali eu não penso em nada. Não tenho que ficar olhando para as raias ao lado porque senão vou perder. Eu treino sozinho e não podia perder o foco por estar num estádio enorme e com o melhor do mundo por perto. É claro que quando olhei o balizamento fiquei um pouquinho pressionado. Não peguei uma raia muito boa (correu na 9) e fui na série mais forte. Tive que me conter, colocar tranquilidade na cabeça e no coração. Não corri bem na curva, mas foi só primeiro tiro. Agora é continuar com a mesma pegada e tenter um lugar na final - disse o carioca.

Um troféu ele já ganhou. Após o fim da prova, ouviu algumas palavras de Bolt. Só não tem ideia do significado delas.

- Não sei falar inglês, não entendi nada que ele falou. Mas me disseram que falou bem demais. Ele puxou a série, fez a diferença.

Pouco depois, foi a vez de Yohan Blake fazer o mesmo. O brasileiro em sua bateria era Bruno Lins. O jamaicano não precisou ser esforçar muito para vencer. O velocista brasileiro, sim.

- Os caras (Bolt e Blake) estão sobrando. Mas a gente tem que ir para cima, acreditar. É uma motivação a mais ter um cara assim correndo do seu lado. Treinei bastante, tive lesões, senti muitas dores e agora chegou o momento mais importante do ano. O tempo que fiz foi bom, mas a partir de agora vai ter que ser abaixo de 20a30. Tem que correr forte mesmo porque está bem difícil. Eu errei um pouco na entrada da curva para a reta, estava ansioso, mas agora vou correr bem - afirmou o alagoano.
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