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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Técnico brasileiro é demitido após faturar torneio na África do Sul

Quando um clube termina o campeonato na lanterna, a situação do técnico fica mesmo na corda bamba, mas quando fatura um torneio importante, a permanência no time é certa. Na África do Sul é diferente. A notícia da saída do brasileiro Julio Cesar Leal foi um choque para muita gente que ainda comemorava a conquista do Moroka Swallows, clube que há cinco anos não faturava uma medalha sequer. A vitória na Copa Nedbank e o prêmio de 6 milhões de rands (R$ 1.461.000,00) parecem não ter sido o bastante para a direção do clube, que demitiu o técnico rompendo o contrato que dava ao brasileiro mais um ano no comando do time.


O motivo pelo qual o brasileiro foi demitido uma semana após conquistar um torneio importante não foi divulgado. A conversa oficial entre o treinador e diretoria do clube será na próxima semana, quando Julio estará liberado para falar com a imprensa. Nadime Monhamood, empresário do técnico brasileiro, disse ao GLOBOESPORTE.COM que a história terá um desfecho na quarta-feira.

- Temos um encontro com a diretoria para buscar um acordo. Vamos negociar e encontrar uma boa solução para o caso – afirmou Nadime.

O acordo entre Julio e o clube, no papel, não poderia ser rescindido nos dois primeiros anos. Por conta dessa exigência, Leal dispensou propostas de times africanos e japoneses ao longo do torneio. Com a conquista da Copa Nedbank no último dia 23, o brasileiro planejava fortificar o trabalho nos gramados sul-africanos e elevar o futebol do Moroka.

Na semana passada, ele falou com o GLOBOESPORTE.COM esbanjando felicidade. Durante a conversa, Julio, inclusive, revelou alguns de seus planos para a sua nova temporada que começaria em julho, após as férias do Moroka. A possível contratação do atacante italiano Vieri, a chegada de mais um brasileiro no campo do Swallows e uma pré-temporada no Brasil estavam entre as novidades estimuladas pelo primeiro lugar no campeonato.

O que parecia garantia de continuidade ao trabalho, de nada valeu. Difícil entender, mas não muito para quem está acostumado ao futebol do país. Na África do Sul, é comum ouvir torcedores e treinadores questionando a postura dos presidentes com mania de controlar e escalar os times. Como, na maioria das vezes, pessoas físicas são donas dos clubes, os chefes se sentem no direito de apontar o que deve ser feito dentro de campo. A notícia da saída do brasileiro foi divulgada com surpresa pela mídia sul-africana que aguarda a reunião da próxima quarta para compreender como a conquista de um título pode descartar um dos responsáveis por ela.

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