Em seu segundo jogo após sete meses em recuperação de cirurgia no joelho direito, Wesley será titular logo diante do Inter, no Beira-Rio. Nada que o aflija. O volante assegura ter caráter suficiente não só para voltar a atuar neste momento de luta contra o rebaixamento, mas para continuar no Palmeiras mesmo se precisar disputar a Série B do Brasileiro do ano passado.

"Falo por mim, não por todos os jogadores. Tomara que não aconteça (o rebaixamento), seria uma baita de uma injustiça. Mas, se acontecer, eu fico. Cheguei há oito meses com o time na primeira divisão e ficarei enquanto o clube não voltar para onde merece", assegurou o meio-campista.

A disposição para entrar em campo mesmo recém-recuperado é usada como prova de compromisso pelo jogador. "Eu poderia falar que meu joelho está doendo, mas não fui criado assim, minha mãe e meu pai não me ensinaram dessa forma. Sou homem primeiro, independentemente da situação."

Com sua atitude, Wesley, revelado pelo Santos, espera que seus colegas entendam a importância de buscar nas seis rodadas que restam do Campeonato Brasileiro a permanência na primeira divisão, o que considera uma obrigação pela história do clube que ele começou a defender nesta temporada.

"O cara que trabalha e tem objetivos na vida sabe quanto é doloroso uma situação dessa. Se acontecer, não vai estar tudo tranquilo, pelo contrário. Todos sabem da tradição que o Palmeiras tem. Mas a parada está nas nossas mãos, basta ter tranquilidade e sabedoria para administrar a situação", discursou.

Contratação mais cara do Palmeiras no ano, o volante, negociado pelo Werder Bremen, da Alemanha, por R$ 14,5 milhões, se preocupa tanto em jogar que não relaciona sua volta à necessidade por resultados. "Minha recuperação foi toda muito tranquila. Em comparação com outros, realmente saí muito na frente. Não sei como apareceria a oportunidade se o Palmeiras não passasse por essa situação, mas ela está aí e estou me sentindo bem. Vambora."

Assim, Wesley mostra alegria por poder auxiliar o Palmeiras em um momento de crise. "Tudo é da vontade de Deus. Nessa situação, não podemos nem pensar em dor, contusão ou algo do tipo. Estou curado, me movimentando bem e fazendo as coisas que estou acostumado a fazer", falou. "Sou um cara muito tranquilo e feliz. Estou com a oportunidade de voltar agora e quero ajudar. A hora tão esperada chegou."