A última semana foi corrida para o departamento jurídico do Palmeiras, que diz ter reunido o máximo possível de provas para o julgamento do pedido de impugnação do jogo contra o Internacional, derrota por 2 a 1 no dia 27 de outubro. A denúncia do Verdão será julgada nesta quinta-feira, em sessão que começou às 11h (horário de Brasília), na sede do STJD. O clube quer provar que o gol de mão de Barcos foi anulado pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento com a ajuda de recursos eletrônicos – algo proibido pela Fifa.
O primeiro passo dado pelo clube foi garantir a presença do pivô de toda a polêmica. Barcos viaja ao Rio de Janeiro nas primeiras horas da manhã, ao lado dos representantes do Palmeiras, e vai dar sua versão sobre o caso. Ele deve repetir a tese que vem sustentando nos últimos dias: que o árbitro não o viu tocar a mão na bola, e que o gol só foi anulado depois de alguns minutos de conversa via rádio com o quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima. Além disso, o Pirata alega que só tocou com a mão porque foi puxado pelo zagueiro Índio.
Além das provas testemunhais, o Palmeiras reuniu vídeos e, com a ajuda de um especialista em leitura labial, dissecou parte do diálogo mantido entre os árbitros da partida. O clube paulista tem certeza de que Jean Pierre, o quarto árbitro, foi avisado pelo delegado Gerson Baluta que o gol foi com a mão.
O diretor jurídico Piraci Oliveira está confiante na possível anulação do jogo, mas prefere não fazer comentários às vésperas do julgamento. A única coisa que ele garante é que o Palmeiras vai contar com o “fator surpresa”, apresentando provas ainda não reveladas ao público.
– Estamos otimistas e apostamos nesse fator surpresa. Acredito que as provas que reunimos são conclusivas. E também sabemos que a tese do árbitro será de que ele viu a bola tocar na mão do Barcos – disse o dirigente.
Com 33 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras está a sete do Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento. O clube mantém a esperança na anulação de um jogo que pode ser vital para sua permanência na Série A. Publicamente, porém, jogadores e comissão técnica deixam o assunto a cargo do departamento jurídico.
