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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Desesperado, Palmeiras completa dez anos da queda à Série B

Dez anos depois, o cenário é o mesmo. Na véspera do jogo que pode determinar a queda do Palmeiras para a Série B, neste domingo, contra o Flamengo, em Volta Redonda, o clube alviverde completa uma década do capítulo mais triste de sua história. Foi em um 17 de novembro, mas em 2002. A campanha ruim no Campeonato Brasileiro daquele ano teve um fim melancólico após a derrota por 4 a 3 para o Vitória, em Salvador. Choro, vergonha e indignação que podem se repetir dez anos e um dia depois, caso os resultados não ajudem o Verdão.


Desta vez, o Palmeiras teve (e ainda tem) aquilo que os principais envolvidos no primeiro rebaixamento lamentam: tempo para tentar se organizar e sair do buraco. Foram apenas 27 rodadas de competição, contra as 38 atuais – foi a última edição antes da adoção dos pontos corridos. A queda foi decretada com seis vitórias, nove empates e dez derrotas. Muito pouco, ainda mais para um time que não se achava tão ruim assim.

No papel, não era mesmo. É só ter atenção à escalação daquele fatídico jogo contra o Vitória: Sergio, Arce, Alexandre, César e Rubens Cardoso; Paulo Assunção, Flávio, Zinho e Juninho; Muñoz e Itamar. Sem contar Léo Moura, Lopes e Nenê, que entraram no segundo tempo - clique aqui e veja a ficha técnica do jogo. No entanto, problemas ao longo da campanha minaram a capacidade do elenco.

Logo após o primeiro jogo da campanha, o time perdeu o técnico Vanderlei Luxemburgo, que aceitou proposta maior do Cruzeiro – onde seria campeão brasileiro no ano seguinte.

Paulo César Gusmão comandou o time por uma rodada, e depois a diretoria contratou Flávio Teixeira, o Murtosa, mais conhecido por ser auxiliar do técnico Luiz Felipe Scolari.

Foram apenas quatro jogos de experiência, com uma vitória e três derrotas. A passagem sem brilho terminou com um 5 a 1 diante do Paraná Clube, em Curitiba. Karmino Colombini comandou um jogo de forma interina, e Levir Culpi encerrou a campanha com 18 jogos: cinco vitórias, seis empates e sete derrotas.

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM entrou em contato com quatro jogadores daquela campanha, que detectaram no time atual os mesmos erros do passado. Apenas o atacante Nenê não quis se pronunciar sobre o período difícil no Palmeiras. O lateral-direito Léo Moura acredita que o time de dez anos atrás tinha mais chances de se salvar. O ex-goleiro Sergio e o ex-zagueiro César criticaram o relaxamento pós-conquista da Copa do Brasil.

– O principal erro que cometemos daquela vez é o mesmo de hoje. Empurramos com a barriga, deixamos acontecer, e fomos nos preocupar só no fim. Quando fomos jogar contra o Vitória, a situação já estava muito difícil. Mesmo assim, dependíamos só de nós. Mas a queda foi culpa do que fizemos durante o campeonato todo – relembrou César, hoje dirigente no Monte Azul, do interior de São Paulo.

A situação daquele Palmeiras era mais “confortável”, se é que é possível utilizar um adjetivo tão leve. O time chegou à última rodada na 17ª colocação, com os mesmos 27 pontos de Paraná, Bahia e Portuguesa – sendo que os dois últimos se enfrentavam na rodada final. Uma vitória simples livraria a equipe então treinada por Levir Culpi. Léo Moura reconhece que o time de hoje terá dificuldades bem maiores.

– O clima não era de tranquilidade, mas ao menos era uma situação que dependia mais do próprio Palmeiras que dos outros. Quando você joga dependendo de outras equipes, não é fácil – ressaltou o lateral, hoje no Flamengo.
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