Neste domingo (18), a torcida do Palmeiras pode presenciar pela segunda vez em dez anos o que de mais triste é possível acontecer na história de um clube: o rebaixamento para a segunda divisão. Cerca de 13 milhões de palmeirenses estarão torcendo para seu time contra o Flamengo e secando os rivais, numa última e desesperada tentativa de escapar da Série B do Brasileirão.

O número de torcedores da equipe alviverde foi levantado em um estudo da Pluri Consultoria realizado em janeiro, com pessoas de 144 cidades de todas as regiões do país. Só foi possível assinalar um clube por pessoa.

O Palmeiras frequentou a zona de rebaixamento do Brasileirão desde o início do torneio. O título da Copa do Brasil, priorizada por Felipão, amenizou um pouco a situação. No entanto, quando a equipe acordou para a realidade, já era tarde demais. Nesta reta final, sobram poucas chances de reação.

Kleina reserva "algo bom" ao Verdão

Embora tenha ocorrido uma sobrevida quando o time venceu duas partidas importantes, contra Bahia e Cruzeiro. A derrota para o Internacional na sequência quebrou o ritmo e jogou o Palmeiras novamente numa zona de pressão, especialmente porque seus rivais diretos contra o rebaixamento estavam vencendo.

Empates contra Botafogo e a derrota para o campeão Fluminense complicaram ainda mais. Agora, além de ter que fazer sua parte, o Verdão precisa contar com a matemática. Para se livrar da Série B, precisa vencer o Flamengo neste domingo (18), além de seus dois próximos confrontos, contra Atlético-GO e Santos. Ainda assim, precisa torcer para que Bahia, Portuguesa e Sport tropecem.

Vários fatores contribuíram para a agonia palmeirense. A falta de planejamento da diretoria, a briga política interna que desgastou a diretoria e a comissão técnica, a lesão de jogadores importantes, como Valdivia e Wesley, a falta de contratações de peso e, já mais para o fim do ano, a violência da torcida, que fez até mesmo o time perder o direito de jogar no Pacaembu por conta do vandalismo praticado no estádio.

O desafio para a diretoria do Palmeiras agora é conseguir reerguer a casa, independentemente da posição em que o time acabe o campeonato. Recolher o que de positivo existe em um recomeço e buscar um planejamento eficiente para 2013, ano em que o time participa da Libertadores e que estreia seu novo estádio. Graças ao torneio internacional, o clube não deverá sofrer com uma total falta de investimentos. A luta principal será para manter suas principais estrelas, como o atacante Barcos, e recuperar a confiança de seu torcedor.