O técnico Gilson Kleina teve menos de dois meses, ou 13 jogos, para se adaptar ao Palmeiras e tentar tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Não conseguiu. Apesar de um aproveitamento melhor do que o antecessor Luiz Felipe Scolari, Kleina viu o Verdão cair para a Série B após a rodada do último domingo, após empatar em 1 a 1 com o Flamengo e os resultados não ajudarem. Mesmo assim, ele manteve o discurso positivo.

Kleina assumiu sua parcela de responsabilidade pela queda e, mesmo antes de o rebaixamento ser consumado, elogiou demais a postura dos jogadores nas últimas rodadas. Apesar dos maus resultados, ele considera que nunca faltou luta.

– Tenho de enaltecer os jogadores, os garotos da base, porque lutamos bastante para vencer e reverter a situação. O que posso dizer é que vamos cair de pé – afirmou o técnico.

Assim como já fez em outros jogos, Gilson Kleina lamentou as chances perdidas dentro de campo e os problemas fora dele – lesões, por exemplo. Mesmo há pouco tempo no cargo, ele sentiu demais os maus resultados. No domingo, após o empate com o Fla, ele concedeu entrevista coletiva acompanhado do auxiliar Jair Leite e do gerente de futebol César Sampaio. De longe, os dois observavam atentamente cada resposta indignada do comandante.

– Estou sentindo muito, estou aqui há 40 e poucos dias, mas abracei a situação, e por isso sinto. De novo, vamos lamentar os problemas, passamos por lesões, pressão, e agora estamos aqui. O que não falta é trabalho, mas me dá indignação ver o time jogando bem, dominando o jogo e levando o empate. Não é a primeira vez que acontece, é muito triste – desabafou.

Gilson Kleina deve ser mantido no cargo para a temporada de 2013, que inclui as disputas da Taça Libertadores e da Série B do Brasileirão. O planejamento “alternativo” começa a ser discutido nesta terça-feira, quando o elenco se reapresenta na Academia de Futebol. Uma reunião com o presidente Arnaldo Tirone está programada.