Tudo começou com um grave estiramento na coxa direita na derrota do Fluminense para o Grêmio por 1 a 0, em julho, ainda pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Somaram-se duas novas lesões no mesmo local e o zagueiro Anderson não vestiu mais a camisa do time em 2012. Enquanto a equipe pavimentava o caminho do tetracampeonato, o jogador sofria com a distância dos campos.

- Nunca tinha passado por isso. Aprendi muito nessa questão. Posso dizer que sou um homem mais maduro. Não é fácil ficar tanto tempo sem jogar. Minha esposa e meu filho foram meus pilares. Tinha época em que eu não queria sair de casa, nem falar com ninguém. Só saía de casa para ir à igreja - disse Anderson, em entrevista à Rádio Brasil.

Além da família, Anderson se inspirou em Gum, que havia passado pelo mesmo problema, e ficou seis meses afastado entre o ano passado e o início desta temporada.
Tinha época em que eu não queria sair de casa, nem falar com ninguém.
Anderson

- Ele foi um dos caras que me deram mais força aqui no Fluminense. É um amigo pessoal. Me ligava sempre, conversou muito comigo. Me deu as dicas para aproveitar a família. E o título me deu mais calma e força - disse Anderson, que está recuperado, mas será poupado para a pré-temporada.

Assim como Gum, Anderson considera o elenco bem servido de zagueiros. Mas não se incomoda se a diretoria contratar outro jogador para a posição.

- Várias duplas se formaram durante o ano e a zaga do Fluminense manteve o nível. Somos a melhor zaga do Brasileiro. O elenco está bem servido de zagueiros. Mas se contratar vai ser para somar, para ajudar. A gente torce para que o Fluminense faça um time muito forte, mantenha a base e não deixe ninguém sair. Se a diretoria resolver que tem que trazer um zagueiro ou um lateral, vai ser bem-vindo e abraçado, como eu fui.