Demitido nesta terça, Fernandão não conseguiu, como técnico, bater os recordes de seus tempos de jogador no Inter. Seguiu, por exemplo, a tendência dos treinadores do clube desde o início dos anos 2000, de deixarem o Beira-Rio com menos de um ano de clube (a média é de sete meses de permanência). O único a conseguir o feito neste período foi Tite, de junho de 2007 a outubro de 2009. Antecessor de Fernandão, Dorival Júnior quase bateu a marca. Ficou 11 meses.

O ídolo colorado, antes diretor executivo, foi alçado à condição de técnico após a demissão de Dorival, no dia 20 de julho. Permaneceu no cargo por pouco mais de quatro meses, ou 122 dias. Durante o período, comandou o time gaúcho em 26 jogos, conquistando nove vitórias, empatando oito jogos e perdendo outros nove, tendo um aproveitamento de 44,87%.

- É assim que funciona. Técnico no Brasil, não fica muito tempo. Mesmo os vencedores, de dois a três anos - conforma-se Fernando, em sua entrevista coletiva de despedida do cargo, nesta terça-feira.

A última década reservou muitos títulos ao Inter, como duas Libertadores e o inédito Mundial. No entanto, o período jamais foi sinônimo de tranquilidade aos técnicos. Já contando Fernandão no levantamento, desde 2000, o Colorado contabiliza 17 treinadores, sendo que quatro deles foram contratados em duas oportunidades (Tite, Celso Roth, Abel Braga e Muricy Ramalho).