Autor de um gol e uma assistência na vitória por 2 a 0 sobre o Tigre, na final da Sul-Americana, Lucas chegou para dar entrevista coletiva, após o jogo, como o dono da noite. Vestindo a camisa do ídolo e amigo Rogério Ceni, com a tarja de capitão que ganhou no gramado e com as taças da Copa Sul-Americana e de melhor jogador da partida, o camisa 7 concedeu sua última entrevista coletiva como atleta do Tricolor. Ele disse estar vivendo um momento mágico.

– Foi tudo perfeito, exatamente como eu sonhei. Quando acordei, foi complicado. Levantei da cama e não sabia o que fazer. Andei pelos campos do CT, cumprimentei todos os funcionários. No caminho para o estádio, se falei duas palavras foi muito. Tudo que ocorreu hoje será inesquecível. Hoje finalmente posso dizer que saio com a sensação do dever cumprido – afirmou.

Como Ney Franco, Lucas também condenou a violência dos adversários. Ele foi a principal vítima dos argentinos, levou carrinhos, cotoveladas, caiu com o nariz sangrando, mas respondeu com uma atuação de gala.

– Eles bateram o tempo todo e o juiz perdeu o controle. Fomos campeões porque eles desistiram de jogar, se bem que o que estavam fazendo não era futebol. Não fomos desleais em nenhum momento. No lance do fim do primeiro tempo, ele deixou o braço para acertar. Mas não importa, agora é hora de comemorar – disse.

Lucas agora terá alguns dias de descanso. No dia 27, viajará para Paris, onde irá se apresentar ao PSG, clube que desembolsou 43 milhões de euros para contratá-lo.

– Agora quero curtir alguns dias de férias, aproveitar a família e os amigos porque depois vai recomeçar tudo de novo. Parece que a pré-temporada será no Catar e que serei a única novidade do elenco. Não sei que o me espera, mas estou com muita vontade. Chego para recuperar meu espaço – finalizou.