O piloto brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, classificou a disputa entre a Fota (Associação das Equipes) e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) por causa da implantação de um teto orçamentário de 40 milhões de libras (cerca de R$ 130 milhões) na próxima temporada da F-1 como uma "guerra" que virou "um pesadelo".
No domingo, antes do GP da Turquia, representantes das equipes que formam a Fota se reuniram com os pilotos para dar explicações sobre a situação.
"Nós, como pilotos, quereremos correr pelos melhores times do mundo e contra os melhores adversários. Se fizermos o que o senhor [Max] Mosley [presidente da FIA] quer, não teremos isso. Estaremos em outro nível, muito mais baixo. É por isso que estamos apoiando a Fota. Essa guerra é um pesadelo e queremos saber o que está acontecendo pois queremos dar nossas opiniões", falou Massa.
Oito das dez equipes atuais da categoria --as exceções foram Force India e Williams-- fizeram suas inscrições para a próxima temporada de forma condicional. Os times ainda tentam derrubar a regra do teto, que prevê regulamentos diferentes, com vantagens técnicas para os que adotarem o limite orçamentário.
Outras dez escuderias que não correm atualmente fizeram suas inscrições, mas apenas 13 times deverão compor o grid em 2010. A FIA divulgará as 13 participantes na próxima sexta-feira.
Reunião
Durante os 30 minutos de reunião, a pauta foi o futuro da categoria e, consequentemente, o das carreiras dos pilotos. O pedido de realizar o encontro partiu dos próprios pilotos, no GP de Mônaco, há duas semanas.
Insatisfeitas, as equipes ameaçam abandonar a categoria e estudam criar um campeonato paralelo, ideia que tem apoio dos pilotos.
"Nós, que somos os melhores pilotos do mundo, queremos correr na melhor categoria do mundo e com as melhores equipes do mundo. E parece que não é isso que vai acontecer. E, se for isso mesmo, a gente perderá o interesse pela F-1, porque ela ficará parecida com uma GP2", disse Felipe Massa.
Diretor da GPDA, a associação dos pilotos da categoria, o australiano Mark Webber disse que o resultado da reunião foi o apoio deles à posição dos times na disputa com Max Mosley, presidente da FIA.
"Todos os pilotos da Fota ficarão com os times da Fota no futuro", disse, deixando claro que o dirigente está cada vez mais isolado na queda de braço. "Esperamos que eles encontrem uma solução para termos um belo campeonato em 2010. Estamos confiantes."
