Papai Noel demorou, mas chegou para Túlio Maravilha. Depois de duas tentativas frustradas, contra Boavista-RJ e Cachoeiro-ES, o atacante, que havia pedido um gol ao bom velhinho, finalmente conseguiu marcar o seu primeiro gol depois de seu retorno ao Botafogo. Nesta quinta, no estádio Godofredo cruz, em Campos (RJ), ele balançou as redes contra o Rio Branco, de Campos, em cobrança de pênalti, aos dois minutos do segundo tempo. Com isso, chegou aos 994, segundo suas contas.
O jogador ainda teve um gol anulado, o que causou revolta na torcida. O árbitro da partida assinalou falta para o Botafogo depois do Maravilha ter marcado em chute de longa distância. Os alvinegros pediam que fosse dada a lei da vantagem, mas o juiz não interpretou dessa forma. O jogo está empatado em 1 a 1.
A partida marca um duelo interessante. Túlio tem um marcador especial pelo lado do Rio Branco: o zagueiro Odvan, conhecido do público carioca por ter jogado muitos anos no Vasco - e que atuou também pelo Botafogo -, é o encarregado de tentar evitar os tentos do artilheiro, relembrando um duelo comum no fim dos anos 90.
Apesar de o jogo ser considerado oficial por envolver dois times reconhecidos por suas federações e ter súmula e venda de ingressos, o duelo foi tratado desde o início como uma grande festa. A começar pelo fato de o Rio Branco não ter escalado o seu time, mas ter emprestado o seu uniforme para transformar uma tradicional pelada organizada pelo jogador Wederson em duelo oficial. Com isso, o time da casa entrou com uma escalação de atletas nascidos em Campos, como o atacante Diego Maurício, criado no Flamengo.
A partida ficou longe de lotar as arquibancadas do estádio Godofredo Cruz, embora o público tenha tomado conta de metade do estádio. Todos torciam pelo Botafogo. Nenhum torcedor do Rio Branco foi apoiar a equipe que vestia o uniforme do time.