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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Pai de Messi esquece duelo com Pelé e valoriza "própria história"

A discrição do indescritível Lionel Messi vem de berço. Vem de seu pai, Jorge Messi. Nesta entrevista exclusiva ao Terra, o responsável pelo maior jogador deste século, quiçá de todos, ajuda a se entender uma das mais marcantes características do filho. As recorrentes citações à força coletiva do Barcelona e à simplicidade para evitar novas polêmicas com Pelé preenchem a fala tranquila de Jorge Messi.


A bem da verdade, o pai do favorito a mais uma Bola de Ouro da Fifa dribla as questões mais espinhosas como o filho ultrapassa qualquer marcador do futebol mundial. De Pelé a Neymar, ou dos concorrentes ao prêmio jogador do ano, Jorge Messi só esquece a cautela quando questionado sobre quem será eleito o treinador do ano, na próxima segunda-feira, em Zurique. “Com certeza, não será Mourinho”.

Autor de 92 gols em 2012, a maior marca de todos os tempos no futebol, Lionel Messi é o favorito disparado para superar Andrés Iniesta e Cristiano Ronaldo na luta pela quarta Bola de Ouro. Com ela, a se concretizar, também terá superado todos os outros no prêmio. Até então, só Zinedine Zidane, Ronaldo e ele próprio, Messi, 25 anos, têm três estátuas entregues pela Fifa.

O Terra traz a palavra não só de quem ajudou a fazer Lionel, mas também aquele que tomou uma das decisões mais importantes na vida de Messi. Quando o filho tinha 13 anos, Jorge se agarrou a um empresário e foi até Barcelona atrás das injeções de crescimento de que seu pupilo precisava. Confortável na mansão da família Messi, com vista ao Mar Mediterrâneo, ele assiste hoje à história do futebol ser reescrita por sua irretocável obra-prima.

Confira a entrevista exclusiva com Jorge Messi:

Terra: O senhor está muito confiante de que Messi ganhará a Bola de Ouro pela quarta vez?
Jorge Messi: Nunca consigo ficar. Nem nas outras três vezes (em que ganhou) a confiança era de 100%. Até que ele tenha o troféu em mãos, não se pode saber. É a votação de muita gente, é muito difícil, pode se ganhar ou não. Há três candidatos e acho que todos têm boas possibilidades.

NR.: Votam para a Bola de Ouro todos os capitães e treinadores das seleções afiliadas à Fifa, além de um equivalente colegiado de jornalistas apontado pela revista francesa France Football.

Terra: Os 92 gols de Messi vão pesar mais que os títulos de Iniesta e Cristiano Ronaldo? Os rivais de seu filho venceram dois troféus em 2012 e Messi conquistou apenas a Copa do Rei, mas bateu um recorde histórico do futebol mundial.
Jorge: Não sei. É mais daquilo que eu já disse. Cada um tem seus critérios para votar. A alguns vai parecer que fazer mais de 90 gols em um ano é mais importante que ganhar títulos. Para outros, os títulos podem ser prioritários. Vai sempre de acordo com quem vota.



Terra: Como está Lionel prestes a vencer a quarta Bola de Ouro? Vocês estão juntos?
Jorge: Sim, estamos juntos em Barcelona. Ele está como sempre, porque sempre disse que a prioridade são os títulos coletivos e não individuais. Se ganha a Bola de Ouro terá muito mérito, mas toda a equipe e seus onze jogadores atuam para ganhar títulos. Tudo isso tem muito a ver com a equipe também. Ele não fica nervoso para isso, senão imagina como ficaria em uma final de Champions League ou da Liga Espanhola (risos)...

Terra: Não há jogador com quatro troféus da Fifa. Messi, se vencer, será o maior desde que o prêmio foi criado. Ele é o melhor da história?
Jorge: Nunca entrei nessa polêmica. Na história nunca se compararia. Há diversas épocas, diversos momentos. Houve o momento de Pelé, o de Di Stéfano, depois passou a ser o momento de Cruyff. Há épocas e momentos. Neste, Lionel é parte de um grupo de jogadores que são os melhores. Não da história, mas do momento.

Terra: Ele pode superar Pelé? É possível?
Jorge: Insisto no mesmo. Pelé fez história em seu momento, em sua década, e Lionel faz sua própria história em sua época. É muito difícil, não posso falar sobre isso (risos).

Terra: Gostaria de Neymar com Messi no Barcelona?
Jorge: Os jogadores do Barcelona já disseram sobre isso. Em um grupo de grandes jogadores, ter mais um entre eles, como é Neymar, sempre vai somar. Mas são coisas que fogem do nosso controle, não podemos nos meter nessa situação.

Terra: Qual o treinador do ano? José Mourinho, Pep Guardiola ou Vicente Del Bosque?
Jorge: Para mim, está entre Pep e Del Bosque. Mourinho não, com certeza não.
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