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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Belletti relembra início de Messi no Barcelona: "Já me entortou muito"

O ex-lateral brasileiro Belletti chegou ao Barcelona, vindo do Villarreal, em maio de 2004, e acompanhou de perto o início do atacante argentino Lionel Messi no time profissional da equipe catalã. A estreia do jogador, eleito o melhor do mundo nas últimas quatro temporadas, aconteceu em outubro daquele ano, quase um ano depois de ser promovido. Belletti contou algumas passagens peculiares deste início de Messi, como a insatisfação com a reserva, uma discussão no treino, a nítida timidez fora de campo, que ainda hoje se revela uma característica marcante, e a relação com Ronaldinho Gaúcho e Deco.


- (Chegava chamando a atenção) totalmente, desde o primeiro treino, e eu ficava incumbido de marcá-lo muitos vezes, e já me entortou muito, já jovem chamava a atenção (…) Ele é tímido, fala pouco, mas na época ele não falava nada, e o Deco e Ronaldinho Gaúcho meio que adotaram ele, para ele ficar mais à vontade no vestiário, se soltar um pouco mais. Mas, com a bola nos pés, desde o primeiro treino ele já chamava a atenção - disse o comentarista do SporTV.

No começo, o jogador argentino tinha um francês como "rival" na briga por uma vaga no time titular, à época comandado pelo técnico e ex-jogador holandês Frank Rijkaard. Mas hoje, enquanto Messi coleciona recordes, o atacante Ludovic Giuly joga na França pelo modesto Lorient.

- Ele disputava posição com o Ludovic Giuly, e foi quando ganhamos a Champions (League) em 2006. Uma das coisas pelas quais que o Raijkaard não o colocava de titular absoluto era porque ele não marcava tanto como o Giuly, e o Barça naquela época era um 4-3-3, então ele precisava marcar. Nessa briga com o Giuly pela posição, claro que o Messi sentiu momentos de frustração por não ser titular, mas esses momentos servem para prepará-lo pra um futuro. Foi ensinado isso, de trabalhar pelo grupo. E um cara assim não causa inveja no grupo, você corre por ele - disse Belletti, que ainda revelou alguns aprendizados do jovem jogador no início da carreira.

- Ele chegou bem (ao time profissional), com confiança, mas ele tem defeitos, não gostou de ser substituído uma vez, chegou a discutir com um companheiro por uma entrada mais forte no treino… Mas hoje ele não busca falta, não vai no cai-cai, não simula, ele quer fazer gol, vencer, e isso o torna especial, não só a qualidade futebolística, mas a qualidade mental de sempre querer ser o melhor.

A relação com os jogadores brasileiros também chamou a atenção no início da trajetória de Messi. O argentino foi adotado por Ronaldinho Gaúcho e Deco, duas das principais estrelas do Barcelona na época. Para Belletti, esse fato tornou mais fácil a integração de Messi aos outros companheiros e ao time em campo.

- O que mais chamou a atenção dos outros brasileiros era essa timidez. Um vestiário pleno de estrelas do futebol mundial e você chega jovem, normalmente você fica quieto, e ele já era assim. Nós brasileiros com os argentinos, fora de campo, temos bom relacionamento. Todo jogador que jogou com argentino fala a mesma coisa - revelou o ex-lateral.
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