A partir desta terça-feira, a diretoria do Palmeiras irá enfrentar mudanças. Com a eleição do empresário Paulo Nobre para a presidência no biênio 2013/2014, a cúpula alviverde será renovada. Saem nomes ligados à gestão de Arnaldo Tirone, como Roberto Frizzo (vice-presidente) e César Sampaio (gerente de futebol), e entram nomes que serão apontados por Nobre para – nas palavras do novo mandatário - “profissionalizar” o clube.
Na eleição desta segunda-feira, Nobre já elegeu também quatro vice-presidentes: Maurício Precivalle Galiotte (121 votos, contra 75 votos de Salvador Hugo Palaia), Genaro Marino (149 votos, contra 102 de Celso Bellini), Antonio Jesse Ribeiro (113 votos, contra 100 de João Gavioli) e Victor Fruges (141 votos, contra 105 de Rubens Reis de Souza Júnior). Na eleição do Palmeiras, cada candidato concorre diretamente à "posição de vice" para a qual disputa.
Dos quatro nomes eleitos à vice-presidência, dois tem ligação direta com a gestão do ex-presidente Mustafá Contursi, que apoio a chapa de Paulo Nobre na eleição: Antonio Jesse Ribeiro e Victor Fruges. No entanto, nenhum dos quatro deverá ocupar cargos de direção no clube, uma vez que o próprio Paulo Nobre já adiantou que pretende ter profissionais específicos da área para chefiar cada departamento.
"Nessa eleição, ainda era possível acontecer o que aconteceu quando eu fui vice”, lembrou novo presidente, vice-presidente entre 2007 e 2009 na gestão de Afonso Della Monica – a partir da eleição de 2014, os vice-presidente serão escolhidos com votação dos sócios do clube. “Eu escolhi os vices, não porque me trouxeram votos. Escolhi de maneira cirúrgica. Primeiro, mostraram ser muito bons de voto. Depois, foi bom ver que esse grande grupo deu liga. Eles elegeram todos os vices, o que me deu muita tranquilidade.”
Um dos nomes cotados para trabalhar com o futebol do clube na gestão de Paulo Nobre será José Carlos Brunoro, responsável por coordenar a parceria do clube com a Parmalat na década de 90. O próprio Paulo Nobre admite interesse em contar com Brunoro, que poderá exercer a função de "manager" desejada por ele.
“O Brunoro é um profissional superligado ao Palmeiras, teve uma fase de sucesso nos anos 90. Eu gosto do Brunoro, fiz questão que ele visse nossos planos de governo como profissional. Ele gostou bastante. É um nome”, admitiu o presidente alviverde, explicando que ele mesmo deve exercer essa função de comando no futebol palmeirense inicialmente. “O manager não existe no mercado brasileiro, porque os presidentes realizam essa função. Eu gostaria de assumir essa função em um primeiro momento, com o intuito de achar uma pessoa para o próximo momento”.
Abaixo da diretoria, o Palmeiras terá 15 integrantes no Conselho de Orientação Fiscal (COF). Além deles, os cinco ex-presidentes vivos do clube (Affonso Della Monica, Arnaldo Tirone, Carlos Facchina, Luiz Gonzaga Belluzzo e Mustafá Contursi) completam o órgão como “membros natos do COF”. A partir daí, completando o organograma, nenhum nome está descartado – seja na diretoria, seja no time.
“Se me perguntarem dos profissionais, todos os profissionais contratados pela atual gestão serão avaliados. Não existe preconceito nenhum se foi contratado a gestão anterior à minha”, garantiu.
Os membros eleitos do COF para o biênio 2013/2014 são: Savério Orlandi, Francisco Gervásio Primo, Alberto Strufaldi Neto, Carlos Afonso Della Monica, Renato Casanova, Sérgio Moysés, Manoel Dantas Pinheiro Filho, Norberto Maurício Liotti, Antônio Sérgio Orciuolo, Mário Kaminski, Ademir Geová da Silva, Luiz Carlos Granieri, Sérgio Roberto Granieri, Luiz Bertanha Filho e Caetano Fortino Neto.
