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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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De volta à Europa, Valcke minimiza atrasos: 'Estamos no ritmo certo'

De volta à Suíça após uma semana no Brasil, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, se mostrou confiante em relação ao andamento das obras para a Copa do Mundo de 2014 e, principalmente, para a Copa das Confederações, que será realizada em junho. Em nota, o dirigente afirma que Fifa, Comitê Organizador Local (COL), governo federal, cidades-sede e os brasileiros em geral estão trabalhando juntos no "ritmo certo” para a realização do “maior evento esportivo do mundo”. O francês também voltou a lamentar a tragédia em Santa Maria, que matou no último domingo mais de 230 pessoas em um incêndio em uma casa noturna da cidade.


Nem mesmo os atrasos nas obras de algumas arenas – a Fifa teve de estender o prazo de conclusão para o dia 15 de abril – parece preocupar Jérôme Valcke. Segundo ele, sua confiança é baseada na garantia assumida por governadores e prefeitos de que cumprirão os compromissos de entregar à entidade os seis estádios da Copa das Confederações até a data estipulada. Valcke, no entanto, alerta:

- Essas datas estão definidas e não podem ser alteradas, porque a montagem das instalações temporárias, como as dos setores de telecomunicações e informática, precisa começar imediatamente a fim de garantir que as imagens da competição sejam devidamente transmitidas para o mundo inteiro e os torcedores possam desfrutar de uma experiência inesquecível – frisou Jérôme Valcke.

Assim como o ex-atacante Ronaldo, que na última quarta-feira, durante o lançamento do pôster oficial da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, criticou o comportamento da imprensa em relação ao Mundial no Brasil, Jérôme Valcke atacou o comportamento de “algumas poucas pessoas que continuam a enxergar apenas aspectos negativos”. Segundo o dirigente, não há nada de negativo em relação à organização do Mundial.


Prezados amigos do futebol,

A minha primeira viagem ao Brasil este ano foi marcada por fortes emoções. Uma dicotomia de sentimentos que me levou do profundo pesar pela tragédia em Santa Maria a uma grande confiança por termos visto não apenas estádios ganhando forma, mas planos operacionais concretos para receber bem os torcedores e autoridades durante os jogos. Para completar, tivemos o lançamento do cartaz oficial do torneio, uma belíssima peça de arte abstrata, em evento que contou com a presença de alguns dos maiores jogadores de futebol que o Brasil já revelou ao mundo, o time de craques dos embaixadores da Copa do Mundo da FIFA 2014.
As partidas de inauguração do estádio de Fortaleza mostraram claramente por que é tão importante que os palcos da competição sejam testados antes do Festival dos Campeões. Afinal, somente em situações reais é possível identificar os problemas e resolvê-los. Fortaleza fez um ótimo trabalho e deu um exemplo para todas as outras cidades. Infelizmente não poderei presenciar os jogos de abertura do Mineirão neste final de semana, mas tenho certeza de que será mais um marco importante na nossa preparação para a Copa das Confederações da FIFA. Estarei em Belo Horizonte na minha próxima visita ao país, em março.

A minha confiança no Brasil é baseada na firme responsabilidade assumida pelos governadores e prefeitos em cumprir com os seus compromissos na garantia de que todos os seis estádios da Copa das Confederações da FIFA estarão concluídos até meados de abril para que, assim, possam receber pelo menos dois eventos-teste adequados antes do início do torneio. Todos eles estabeleceram datas para a inauguração e as partidas que servirão de teste. Essas datas estão definidas e não podem ser alteradas, porque a montagem das instalações temporárias, como as dos setores de telecomunicações e informática, precisa começar imediatamente a fim de garantir que as imagens da competição sejam devidamente transmitidas para o mundo inteiro e os torcedores possam desfrutar de uma experiência inesquecível.

Esta semana também marcou a contagem regressiva de 500 dias para o pontapé inicial da Copa do Mundo da FIFA 2014. Pode parecer muito tempo, mas, para um evento de tamanha magnitude, cada dia é importante. É impressionante ver os estádios tomando forma e mudando a cara das instalações de futebol do Brasil, um legado que permanecerá quando a competição terminar. Se hoje o Brasil já é respeitado pela qualidade dos seus jogadores, a organização da Copa do Mundo da FIFA colocará o país em um seleto clube, com 12 arenas de alto padrão novas ou totalmente reformadas.

Durante a nossa visita, tivemos ainda a oportunidade de agradecer às dezenas de milhares de homens e mulheres de todo o Brasil cujos esforços estão transformando o país anfitrião, principalmente os operários que trabalham na construção dos estádios da Copa do Mundo da FIFA 2014. Eles estão fazendo um trabalho fantástico. Em Salvador, fiquei fascinado com o serviço realizado nas membranas da cobertura. Prometemos que todos eles verão de perto a grande festa do futebol e os inesquecíveis momentos nas arenas que eles ajudaram a construir ou reformar. Foi muito gratificante ver o sorriso nos rostos deles quando lhes entregamos os primeiros ingressos simbólicos nesta visita. Eles fizeram por merecer esse prêmio.

Acredito que estamos caminhando juntos no ritmo certo, graças à nossa bem-sucedida parceria com o governo e as cidades-sede. Estou convencido de que, por meio deste trabalho coletivo, realizaremos a edição brasileira da Copa do Mundo da FIFA acima das expectativas do mundo da bola. Afinal, a Copa do Mundo da FIFA está finalmente retornando ao país do futebol.

Nesse sentido, permitam-me uma observação final. É muito difícil entender por que, em um país que vive e respira futebol e onde em breve torcedores estarão apoiando as melhores seleções do planeta, algumas poucas pessoas continuam a enxergar apenas aspectos negativos, mesmo que não haja nada de negativo. O Brasil é um país fantástico em todos os sentidos. Tenho orgulho de organizar ao lado dos brasileiros o maior evento esportivo do mundo. Como tudo na vida, porém, você pode ver o copo meio cheio ou meio vazio. É uma questão de atitude. Aqueles que o enxergam meio vazio correm grande risco de perder o momento quando o copo estiver finalmente cheio.

Nesse sentido, até logo,
Jérôme Valcke
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