Antes do jogo, a imprensa inglesa dava como certa a demissão de Rafa Benítez em caso de derrota. E foi assim, pressionado, que o Chelsea entrou no gramado do Stamford Bridge, na tarde deste sábado, para enfrentar o Wigan. No entanto, na 18ª colocação, o adversário não ofereceu resistência e, se não sobrou em campo, os Blues pelo menos tiveram uma vitória tranquila: 4 a 1. Ramires, Hazard, Lampard e Marin marcaram para os londrinos, enquanto Maloney descontou para o Wigan.
Com o resultado, o Chelsea ultrapassou o Tottenham e recuperou a terceira colocação. Os Blues somam 49 pontos e, se a briga pelo caneco é um sonho distante, uma vaga na Liga dos Campeões parace estar encaminhada.
A vitória, provavelmente, dará uma sobrevida ao técnico Rafa Benítez, que, no entanto, continua em situação delicada no comando do time de Roman Abramovich. E se Ramires foi bem, Oscar teve atuação discreta neste sábado. O meia brasileiro foi substituído por Mata, aos 21 minutos da etapa final.
Para Felipão ver
Após a derrota da Seleção para a Inglaterra na última quarta-feira, o técnico Luiz Felipe Scolari admitu adiantar David Luiz para jogar como volante para dar mais liberdade a Paulinho e Ramires. Se aproveitou o sábado de carnaval para acompanhar seu ex-clube, o Chelsea, Felipão pôde ter uma prévia do que cogitar armar no amistoso contra a Rússia, em março.
Com David Luiz como homem de marcação no meio-campo, Rafa Benítez completou o setor com Ramires, Lampard, Oscar e Hazard. Fernando Torres atuou como único atacante. No início, dois sustos: com menos de cinco minutos, o goleiro Peter Cech foi obrigado a fazer duas boas defesas.
Aos poucos, porém, o Chelsea se impôs como favorito e passou a mandar no jogo. Por sua vez, o gol não demorou a sair. Em jogada que começou com arrancada de David Luiz, Fernando Torres deu linda assistência para Ramires. O brasileiro invadiu a área e só teve o trabalho de tirar do goleiro: 1 a 0. O gol, porém, não diminuiu o ímpeto ofensivo dos Bleus. Torres e Lampard quase marcaram, enquanto Cech – muito exigido no início – se tornou um mero espectador.
Polêmica e muitos gols
Na volta do intervalo, gols e uma polêmica. Logo no início, Azpili recebeu na direita de Cahill, cortou para o meio e rolou na medida para Hazard ampliar. Porém, a resposta do Wigan foi instantânea. No minuto seguinte, Maloney foi lançado em profundidade nas costas da zaga dos Blues, driblou Peter Cech e diminuiu: 2 a 1.
Durante todo o jogo, o Wigan nunca chegou a ser uma ameça real. Mesmo assim, poderia ter empatado. Já perto do fim, um lance de discórida. Stan arriscou da entrada da área, e a bola explodiu na mão da Ashley Cole. O árbitro mandou seguir, para a revolta dos jogadores do Wigan, e alívio do técnico Rafa Benítez.
Aos 42, porém, o Chelsea encerrou qualquer discussão. Em jogada pela esquerda de Hazard, Mata fez o corta-luz, e Lampard bateu de primeira de fora da área para selar o placar. Três minutos depois, Marko Marin, que havia acabado de entrar em campo, ampliou de cabeça: 4 a 1.
- Fiquei muito feliz por ter marcado mais um gol pelo clube e principalmente pela vitória, que nos manteve em boa posição. Benítez pediu para eu jogar um pouco mais adiantado, na posição em que o Di Matteo me utilizou na Liga dos Campeões. Procurei aproveitar a maior liberdade ofensiva, dar opção em todas as jogadas sem descuidar da marcação, e tudo deu certo. Dedico esse gol marcado hoje para meu filho Davi e minha esposa Islana, que estão sempre ao meu lado - disse Ramires.
