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Domingo, 21 de julho de 2024

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Juninho admite que pensou em sair do Verdão: 'Foi assustador'

Mesmo após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro no fim do ano passado, o lateral-esquerdo Juninho, do Palmeiras, foi um dos jogadores que permaneceram no elenco nesta temporada. Apesar de ter recebido uma proposta do Vasco, ele ouviu um pedido pessoal do técnico Gilson Kleina para que continuasse no Verdão. Juninho aceitou a proposta (hoje, tem contrato até 2014), mas admitiu que pensou em sair após situações de tensão vividas com a torcida.


A vontade inicial do atleta era deixar o Palmeiras. Contratado do Figueirense, o lateral se assustou com as ameaças e a violência após a queda na competição nacional. Porém, após uma conversa com sua família, Juninho analisou os prós e contras e optou pela permanência. Atualmente, ele acredita que outros jogadores não fariam o mesmo por conta da imagem deixada pela torcida ao fim de 2012.

- Torcedor tem direito de criticar, de xingar, mas somente da arquibancada. Chegar e querer agredir? Isso não tem de existir. Entendemos que torcida é paixão e emoção, vive o momento, mas é triste. Tudo o que eu vivi foi assustador porque eu nunca tinha passado por isso. Vi acontecer em outros clubes, mas não sabia que passaria por isso - afirmou o jogador, nesta terça-feira, em entrevista coletiva.

Na opinião do lateral, hoje o clube tem dificuldades em contratar novos jogadores justamente pela pressão exercida fora de campo. Juninho acredita que até mesmo atletas de clubes pequenos ficam ressabiados em se transferir para o Palmeiras.

- Eu pensei em ir embora. Poderia ter saído, mas preferi dar a volta por cima. Um jogador que está em uma equipe inferior ao Palmeiras, onde não tem tanta pressão, vê tudo o que acontece aqui e pensa: “Não vou para lá. Não vou passar por isso. Tenho família, filhos”. Querendo ou não, espanta muito - analisou.

Amadurecido tanto dentro quanto fora de campo, Juninho acredita que os problemas fizeram com que ele crescesse muito além do previsto em um período reduzido. Ciente de que as críticas podem voltar a qualquer momento, em caso de insucesso do Palmeiras no Campeonato Paulista ou na Taça Libertadores da América, o lateral se vê “vacinado” contra a pressão.

- O aprendizado está sendo muito grande. O que eu poderia aprender em cinco anos no futebol, aprendi em um. O ano passado me ensinou muitas coisas. Hoje procuro trabalhar em cima disso, já que a confiança voltou e a equipe está em uma crescente muito boa.
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