Depois do sufoco para vencer o Egito na segunda-feira, o Brasil volta a campo nesta quinta-feira precisando de mais um resultado positivo para praticamente selar classificação às semifinais da Copa das Confederações. O adversário desta vez será os Estados Unidos, adversário tipicamente 'chato' para a seleção que estará desfalcada no duelo em Pretória, no Loftus Versfeld, marcado para ter o pontapé inicial às 11 horas (de Brasília).
O triunfo por 4 a 3 sobre os egípcios graças a um pênalti batido por Kaká aos 45 minutos do segundo tempo explicitou a condição física desgastada da seleção verde-amarela. Formada por jogadores que em sua maioria atravessam um final de temporada na Europa, a equipe não esconde o cansaço dos últimos jogos. Por precaução, o técnico Dunga deverá poupar algumas peças da base titular, a começar pela defesa.
O zagueiro Juan foi o primeiro a pedir uma pausa para este jogo de segunda rodada. O defensor da Roma, que nas últimas três partidas marcou dois gols, abriu margem para a disputa entre os reservas Luisão e Miranda pela vaga ao lado de Lúcio no miolo da marcação verde-amarela.
No entanto, outros dois jogadores estão cotados para receber uma folga de Dunga: os parceiros de Manchester City Elano e Robinho, ambos substituídos aos 17 minutos do segundo tempo na vitória de segunda-feira. Para os setores de meio-de-campo e ataque, Ramires pode estrear como titular e Alexandre Pato ter nova chance na frente, respectivamente.
O treinador da seleção, entretanto, não antecipa a escalação do Brasil no duelo. Há até a possibilidade, mais remota, de Dunga colocar em campo os três jogadores cansados: tanto Juan como Elano e Robinho garantiram que teriam condição de jogar. Por conta da proximidade do duelo contra a Itália, domingo, o descanso é a situação mais possível para o treinador poder observar outros atletas.
"Todos os jogadores têm de estar preparados, prontos para jogar", alertou Dunga, que tomou o maior jogador de todos os tempos para motivar o elenco. "O Pelé era reserva na Copa do Mundo de 1958, mas quando teve a chance, arrebentou", destacou o volante, recordando o torneio de 51 anos atrás, quando o menino de 18 anos do Santos ganhou a vaga de Dida na terceira rodada da competição disputada na Suécia.
Pela frente, agora, o Brasil encara um Estados Unidos que venceu muito caro as vitórias para a seleção em um passado recente. Nos últimos 15 anos, apenas uma vez a equipe pentacampeã mundial conseguiu derrotar os norte-americanos por uma diferença superior a dois gols: justamente no último encontro, em amistoso realizado em 2007, vencido por 4 a 2.
Ainda que tenha sido derrotado pela Itália por 3 a 1, de virada, na segunda-feira, a seleção dos Estados Unidos acredita que pode reverter a situação contra os pupilos de Dunga. "Nós temos habilidades para dificultar qualquer equipe e o Brasil não é exceção. Nosso objetivo é ganhar da seleção para superar o resultado negativo que tivemos na estreia", afirmou o meia Michael Bradley, filho do técnico Bob Bradley.
Um resultado positivo do Brasil nesta quinta-feira praticamente garante a seleção nas semifinais das Confederações. A única possibilidade de a vaga não vir antecipada é em caso o Egito vença a Itália, na partida marcada para as 15h30 (de Brasília).
FICHA TÉCNICA
BRASIL X ESTADOS UNIDOS
Local: Estádio Loftus Versfeld, em Pretória (África do Sul)
Data: 18 de junho de 2009, quinta-feira
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Massimo Busacca (SUI)
Assistentes: Matthias Arnet e Francesco Buragina (ambos da Suíça)
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves (Maicon), Lúcio, Luisão e Kléber; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Alexandre Pato e Luís Fabiano.
Técnico: Dunga
ESTADOS UNIDOS: Howard; Bornstein, Onyewu, Demerit e Spector; Beasley, Dempsey, Feilhaber e Michael Bradley; Altidore e Donovan.
Técnico: Bob Bradley
