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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Sul-africanos vivem "sonho" de final de Copa do Mundo

5h da tarde. Termina o turno, a correria é grande. Trabalhadores se acotovelam nas catracas e saem. Correm mais e sobem na caminhonete. 10, 20, 30, 40 pessoas na caçamba. O carro bate em retirada e o povo faz a festa.


Os outros veículos começam a deixar a entrada do Soccer City Stadium. Alguns funcionários ficam para trás, sem carona. Restam duas opções: caminhar 40 minutos até Soweto, subúrbio de Johannesburgo, onde a maioria vive, ou encarar um táxi. Não há transporte público.

Ao lado, um rapaz observa a confusão. Come sua marmita: arroz, frango e batatas. Comprada por 20 rands (aproximadamente R$ 5) na barraca de Claudia Maphoroma, a única na rua de terra batida. Claudia terá de sair daqui um ano para a chegada de redes de fast food.

São 15 minutos de pausa para o almoço, que Sully Moleke prefere usar para observar o belo estádio e suas 94 mil cadeiras laranjas. A comida fica para depois.

Essa é a rotina das 3.300 pessoas que trabalham no palco da grande final da Copa do Mundo de 2010, que fica pronto em setembro. Sem comida e transporte. Seis dias por semana, nove horas por dia. Em média, faturam R$ 150 por semana.

Não é muito dinheiro, mas a realidade do país não deixa que a oportunidade passe em branco. Além disso, algo motiva ainda mais esses sul-africanos: o desejo de fazer parte do Mundial do ano que vem.

Eles se sentem como os jogadores, estão realizando um sonho. Construindo "O estádio". Como recompensa, cada um receberá um ingresso ou para abertura ou para a decisão. Promessa da Fifa.

Jornalistas visitam o Soccer City e são recebidos com muitos sorrisos. "Brasil, Brasil, Brasil", gritam. É com essa alegria que os sul-africanos esquecem os problemas e sonham. Sonham em fazer parte de uma Copa do Mundo.
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