Um dos principais nomes da seleção brasileira montada por Luiz Felipe Scolari para a Copa das Confederações, Julio César é também um dos líderes do grupo. Fato que é possível comprovar na hora do Hino Nacional. Junto de David Luiz e Thiago Silva, o goleiro é quem dá início ao abraço coletivo antes da execução.

Nesse momento, Julio César se entrega à emoção. Foi assim na estreia contra o Japão, quando a imagem da televisão focou o goleiro com os olhos marejados. Na última quarta-feira, antes da vitória sobre o México por 2 a 0, chamou a atenção sua vibração, chacoalhando os companheiros enquanto a torcida cantava à capela o Hino Nacional.

- Foi muito bom. Não só eu senti toda aquela energia, mas a Seleção inteira, até os jogadores do banco fiquei sabendo que se emocionaram. Foi uma coisa maravilhosa. Ficamos muito felizes com aquela situação e quando saímos do hino já estávamos com vontade e motivação, que são importantes – falou o camisa 12.

Realmente, a cantoria da torcida cearense, no estádio Castelão, em Fortaleza, mexeu com os jogadores. O ritmo inicial foi bem acelerado. E o primeiro gol da vitória por 2 a 0, marcado por Neymar, saiu logo aos nove minutos de partida. Depois, Jô ampliou apenas aos 48 do segundo tempo.

- Está lindo. O fato de estarmos demonstrando um bom futebol, todo mundo se entregando, jogando com paixão... O torcedor vê isso e vem junto, né? Não tem jeito. Então, a gente espera dar continuidade. Esperamos que o torcedor continue vindo com a gente. O torcedor do nosso lado é de importância enorme – disse Julio.

Em busca de disputar sua terceira Copa do Mundo (foi reserva na Alemanha, em 2006, e titular em 2010, na África do Sul), o goleiro da seleção brasileira vê evolução considerável do grupo que disputa a Copa das Confederações. Afinal, empatou amistoso com a Inglaterra, depois venceu França, Japão e México.

- Eu acho que taticamente o time está se comportando muito bem, de maneira fantástica, principalmente sem a bola. O preenchimento de espaço, colocar o máximo de jogadores atrás da linha da bola, a marcação sob pressão... Tudo que o Felipão em insistido nos treinamentos nós temos executado – acrescentou.
É maravilhoso ficar três jogos em sofrer gol. Para nós ali de trás, é como se o Neymar tivesse feito um gol"
Julio César

A defesa, aliás, se encaixa perfeitamente nessa evolução. Desde que o grupo está reunido para a Copa das Confederações, a Seleção só sofreu gols no empate por 2 a 2 com a Inglaterra. Já soma, então, três partidas sem ser vazado.

- É maravilhoso ficar três jogos em sofrer gol. Para nós ali de trás, é como se o Neymar tivesse feito um gol – finalizou, aos risos, o goleiro da Seleção.

Depois de vencer Japão e México, o Brasil agora encara a Itália, na última rodada da fase de classificação da Copa das Confederações, no próximo sábado, dia 22, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Com a vaga assegurada nas semifinais, as equipes decidem o primeiro lugar do Grupo A. Por ter melhor saldo de gols (5 contra 2), a Seleção joga pelo empate.