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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Esportes

Copa das Confederações teve desfecho improvável para brasileiros dentro e fora de campo

A Copa das Confederações também ficará marcada como a Copa das manifestações. Nas seis cidades-sedes, ao longo dos 16 dias de competição, a tônica foi sempre a mesma: grandes partidas e muitos protestos do lado de fora dos estádios. A final deste domingo (30), no Maracanã, contou ainda com uma então improvável vitória da seleção brasileira por 3 a 0 sobre a temida Espanha, tida antes como a melhor equipe do torneio.


Se nas arquibancadas do Maracanã os gritos eram de “o campeão voltou”, nas ruas o que predominava era “o gigante acordou”. Sem combinar, essas duas legendas se encontraram dando um tom improvável para os brasileiros dentro e fora de campo. Tão longo quanto o tempo em que a seleção ficou sem ganhar títulos importantes é o quanto a população deixou de se manifestar.

Ainda que reconhecidamente tardio, os protestos por redução das tarifas no transporte público, hospitais e escolas no tão falado padrão Fifa, os gastos exagerados com competições esportivas, entre outras pautas, chamaram a atenção das autoridades brasileiras. Mais do que isso, a cartolagem do futebol nunca antes na sua história foi tão atacada. O time comandado por Joseph Blatter saiu como grande vilão da história. A impressão que se tem nas ruas é que a Copa do Mundo foi favorecida em detrimento da solução dos mais profundos problemas do Brasil.

Na cerimônia de premiação, a camisa verde-amarela voltou a brilhar. Com uma geração carente de grandes ídolos, o craque Neymar fez o que se esperava dele. O jovem não sentiu o peso da camisa 10 e comandou uma equipe que ainda busca um padrão de jogo ao título. Como não poderia deixar de ser, foi eleito o melhor de toda a competição. Contou, e muito, com a ajuda do centroavante Fred, autor de dois gols na decisão contra os espanhóis.

Para a Fifa, o Brasil passou no grande teste para a Copa do Mundo, que começa em 12 de junho de 2014. A seleção anfitriã parece agora encontrar um estilo de jogo rumo ao seu melhor futebol. E enquanto nada mudar, as manifestações vão continuar pelo Brasil em busca das sonhadas melhorias porque o gigante já acordou e não promete ir dormir tão cedo.

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