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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Fifa admite estudar uso de eletrônica após gol não validado de Kaká

A Fifa admitiu nesta segunda-feira que pode passar a usar recursos eletrônicos para resolver dúvidas sobre se a bola cruzou a linha do gol ou não, como aconteceu no gol de cabeça marcado por Kaká na final da Copa das Confederações, no domingo, contra os Estados Unidos, que o juiz sueco Martin Hannson não validou.


O gol aconteceu quando os norte-americanos venciam por 2 a 1 --a partida terminou 3 a 2 para o Brasil. Kaká cabeceou, e o goleiro Tim Howard fez a defesa quando a bola já tinha cruzado a linha, mas o árbitro sueco Martin Hannson mandou o jogo seguir.

Questionado sobre se não poderia ser desenvolvida uma tecnologia similar à chamada "olho de falcão" (Hawk-Eye) do tênis, presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que existem fatores que tornam a técnica mais difícil no futebol.

"Acredito que existem diferenças em relação ao tênis, em que há apenas uma dimensão. No futebol, há três: altura, largura e profundidade. Testamos com sete câmeras distintas em um gol e era impossível ver se havia sido gol ou não. Depois tivemos um sistema com um 'chip' na bola que também não foi 100% preciso. Estamos trabalhando, mas sempre acontecerão erros. É preciso deixar o futebol com este lado humano, em que os erros fazem parte."

"Foi testado o 'olho de falcão' na segunda divisão do Campeonato Inglês e apesar do uso de sete câmaras, as conclusões não eram seguras. Não era possível detectar se a bola tinha ou não entrado completamente no gol", afirmou Blatter.

O dirigente também lembrou que há cinco anos a International Board admitiu o estudo da introdução da tecnologia para decidir jogadas do tipo e afirmou que o chip na bola foi testado em um torneio realizado no Japão, mas não houve nenhuma jogada polêmica como a do gol de Kaká na final da Copa das Confederações.

Na próxima edição da Liga Europa, competição que substitui a antiga Copa da Uefa, serão usados dois árbitros atrás dos gols para verificar esse tipo de jogadas conflituosas, afirmou Blatter, que informou que no início de 2010 a Fifa receberá um novo relatório sobre a utilização do chip na bola.

"Só falamos da linha do gol, não de toda a área, nem de ver repetições pela televisão, nem de utilizar a câmera lenta. Queremos manter a cara humana do futebol", disse o presidente da Fifa. "Somos conservadores e levamos 100 anos de atraso a respeito da tecnologia", concluiu.
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