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Sábado, 20 de julho de 2024

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Kalil elogia elenco forte do Galo e diz: ‘tem chances de conquistar mundial’

Alexandre Kalil seguiu os passos do pai, Elias Kalil, e, no ano de 2008, foi eleito presidente do Atlético-MG. Começava ali o projeto audacioso para reerguer o time que conquistou o primeiro título brasileiro da história, mas que estava atolado em dívidas e há um bom tempo sem uma conquista expressiva no cenário nacional e internacional. Kalil reformulou a diretoria, cortou gastos e partiu para o trabalho. Mesmo com R$ 50 milhões em dívidas trabalhistas, Kalil pagou os credores e conquistou campeonatos estaduais com o time alvinegro. Porém, ainda faltava um grande título para presentear a fanática torcida do Galo e coroar a administração do presidente, que vai até o final do próximo. No dia 24 de julho de 2013, o Atlético-MG entrou no Mineirão para conquistar o inédito título da Libertadores da América. O jejum terminou, e Alexandre Kalil, emocionado, dedicou a conquista ao pai.


Agora que a espera acabou, o que a torcida está pedindo? Os títulos, é claro, são importantes, mas o que os atleticanos querem mesmo é estar perto do time, o que ele considera ser uma grande diferença para as demais torcidas.

- Eu acho que a torcida do Atlético-MG não é muito de mudar o perfil. A conquista foi festejada, nós fomos os campeões da América, foi muito bom, mas a torcida do Atlético-MG não é torcida de título, ela é a torcida do Atlético-MG e continua sendo a torcida do Atlético-MG. Eu acho que nós vamos continuar exigindo título, mas nós não vivemos em função disso. O título é muito bem vindo, a taça está aqui em baixo, ela é linda, mas a torcida do Atlético-MG continua a mesma. Ela quer o Atlético-MG, quer amar o Atlético-MG, quer ficar perto do Atlético-MG. Eu acho que esse é um grande diferencial da torcida, disse em entrevista exclusiva ao Globo Esporte.

No mundial de clubes da FIFA, que neste ano será no Marrocos, caso tudo aconteça dentro do esperado, Atlético-MG e Bayern de Munique se enfrentam na grande final. Alexandre Kalil reconhece a grandeza do rival, mas acredita que o Galo, por ter jogadores que já passaram pela seleção brasileira, também terá chances de levantar o troféu de campeão.

- Eu acho que nós temos uma boa chance, porque o time do Atlético-MG que vai disputar o mundial é um time qualificado, que, praticamente, 90% dos jogadores passaram pela seleção brasileira. Não é a seleção da Suécia ou outro lugar, é a Seleção Brasileira. Então, quem tem um elenco que passou pela Seleção Brasileira tem um elenco qualificado. Seguindo esse tipo de raciocínio, eu acho que a gente tem chances, até porque é um tiro muito curto. Se entrar determinado, se entrar como nós entramos na Libertadores, a gente tem chances, sem dúvida nenhuma.

As conquistas, também, representam retorno financeiro ao clube campeão. Tanto é que Alexandre Kalil espera que o Galo feche o ano de 2013 entre as duas maiores rendas do futebol brasileiro.

- O título, por si só, trás as coisas para o Atlético-MG. Em venda de camisas, produtos que são comercializados, quota de mundial para ir, quota de campeão da Libertadores, você passa a ter o terceiro pay-per-view do Brasil, o que é um fato inédito. Tirando o eixo Rio e São Paulo, isso nunca teve. Então, ele capitaliza por si só. Eu acho que nós temos que habituar mais a isso. Nós já temos uma Libertadores para disputar, uma Recopa para disputar, o mundial, que são coisas muito importantes. Tudo isso é dinheiro, tudo isso é renda. Eu acredito que o Atlético-MG bate o ano de 2013 entre os dois maiores faturamentos do Brasil.

Foi justamente na administração de Alexandre Kalil que o Atlético-MG fez a maior venda da história do clube. Por 25 milhões de euros, o jovem meia Bernard deixou o Galo e foi para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. O clube, por estar em débito com a Fazenda, ainda não colocou as mãos no dinheiro. Mas, quando chegar aos cofres do Atlético-MG, Kalil já sabe o que fará com a quantia. Para ele, o que foi pago por Bernard deverá ser aplicado no próprio clube, mas não para a compra de outro jogador.

- O primeiro é colocá-lo (o dinheiro) aqui dentro, porque ele ainda está lá fora. Nós estamos negociando, vamos sentar com a procuradoria geral da fazenda de Brasília, já está marcado. Nós temos como dar garantias, como negociar. O dinheiro vem para tocar o clube no dia a dia. E como o futebol não é brincadeira, nós devemos ter um orçamento de 250, 280 milhões de reais. Então, você tem que pagar as coisas. Só de dívidas trabalhistas nós pagamos 50 milhões em quatro anos. Se você pensar que vai vender um jogador para comprar outro, não vende, fica com ele. Ele já está com contrato, tem tudo. O jogador quando é vendido para o exterior, ele (o dinheiro) vem para dar continuidade no trabalho de formação de jogadores, com uma estrutura que custa caro, de base, de profissional. Ninguém vende para comprar. Se fosse vender o Bernard para comprar outro Bernard, eu ficaria com ele.

Há alguns meses, jornais e sites esportivos do exterior especularam a transferência de Ronaldinho Gaúcho para o futebol turco. Porém, o momento da transferência só seria após a disputa do mundial de clubes da Fifa. Alexandre Kalil acredita que há chences de o jogador permanecer em solo mineiro, porque no Galo ele reencontrou a felicidade de jogar futebol.

- Eu acho que o Ronaldinho vai ser igual ao ano que vem. O Ronaldinho é um jogador financeiramente independente, mas é a vontade dele. O Ronaldinho é um cara que tem que estar feliz e ele tem mostrado isso aqui. Eu acho que se o Ronaldo continuar feliz no Atlético-MG, ele não sai por dinheiro nenhum, porque ele já sabe o que é felicidade e a infelicidade no futebol.
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