O Corinthians voltou para São Paulo na última quinta-feira depois de derrota para o Grêmio em Porto Alegre. Durante a saída pelo desembarque nacional do Aeroporto de Guarulhos, o grupo alvinegro foi cobrado por torcedores presentes no local, que pediram mais vontade e hostilizaram jogadores como Ibson e Douglas.

Tite também foi cobrado pela torcida. O treinador vivia a possibilidade de ser demitido, mas foi mantido no cargo pela diretoria do clube. Para o Corinthians, a pressão pela qual o grupo vem passando, faz parte da rotina e é natural pelo momento no Campeonato Brasileiro.

"Ninguém está contente. Se nós, como diretoria, também não estamos contentes, o que dirá o torcedor, que pouco acompanha o que acontece aqui no dia a dia. Ele quer ver vitória, ver o time com garra. Nós também queremos ver isso. Compreendemos a torcida e peço um voto de confiança ao elenco porque esse grupo vai colocar o Corinthians em seu devido lugar", disse o diretor de futebol Roberto de Andrade.

"A torcida nunca joga contra o Corinthians. Isso você pode esquecer. A cobrança existe e sempre existiu. Quem conhece o Corinthians já sabe, a cobrança faz parte do nosso dia a dia. Jogador que não quer ser cobrado que não venha trabalhar no Corinthians. Aqui é assim e todos nós sabemos. Quando aceitei ser diretor já sabia que isso existe", avisou Andrade.

O Corinthians está na 13ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 37 pontos, a cinco da zona de rebaixamento. O time paulista faz a penúltima campanha do returno e enfrenta dificuldades frequentes de marcar gols, sendo o dono do segundo pior ataque da competição. De acordo com Andrade, o elenco precisa mudar o modo de jogar, mas o não há problemas no ambiente interno.

"No Corinthians não temos problema com nenhum jogador. O ambiente é o melhor possível. Só temos que mudar nossa postura dentro de campo", disse o dirigente.