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Sábado, 20 de julho de 2024

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Aos 15 anos, joia deixa grandes do Brasil para defender o Boca Juniors

Ser jogador profissional, ídolo num grande time e defender a seleção brasileira numa Copa do Mundo. Sonhos de muitos garotos brasileiros espalhados por vários clubes de todo o país. A maioria não consegue alcançar esse objetivo por inúmeros motivos como falta de oportunidade, lesões graves ou mesmo ausência de talento.

Mas nenhum dessas razões se encaixa no perfil de Maykol Anastácio, de 15 anos. Nascido em São Carlos, interior de São Paulo, ele nunca se machucou gravemente, tem talento de sobra e já teve muitas oportunidades. O que o impedia até agora de começar a trilhar sua carreira era uma outra coisa: a saudade da família.
O jovem teve sua primeira oportunidade numa equipe grande aos 12 anos. Maykol foi aprovado no Santos e ficou no litoral paulista por dois meses. Mas a saudade de casa fez o garoto abandonar seu sonho. Era apenas a primeira vez.
Dois anos mais tarde, aos 14, outra chance num time grande. Mesmo com mais idade, aguentou 15 dias de Atlético-PR antes de retornar para sua cidade na primeira oportunidade.
– Ele foi liberado para trazer uma documentação para assinarmos e não voltou mais para lá. Estão o esperando até hoje no Atlético – conta o pai de Maykol, Luciano Anastácio.
Quando o apego à família parecia ser maior do que o amor ao futebol, surgiu a oportunidade que se encaixava nas necessidades de Maykol. E apesar de ser numa cidade distante, em outro país. Principal destaque de um torneio disputado por escolinhas do Boca Juniors, em Águas de Lindoia, Maykol despertou o interesse dos diretores argentinos ao terminar a competição como artilheiro e melhor jogador. O teste em Buenos Aires veio na sequência.

– Tudo aconteceu muito rápido. Passei uma semana treinando com o time Sub-15 e, ao fim do período de teste, disseram que eu tinha sido aprovado. Ainda não caiu a ficha do que está acontecendo. Parece que estou sonhando – diz o meia-atacante, entusiasmado com a nova oportunidade.
Quanto ao apego à família, a diretoria boquense encontrou uma solução. Diferentemente das oportunidades anteriores, o clube ofereceu aos pais uma moradia na Argentina. Por ser menor de idade, o jovem precisa da companhia dos responsáveis para atuar no país vizinho.
– A diretoria do Boca está cuidando disso, está tentando arrumar um emprego para mim lá. Para que meu filho possa jogar, eu faço qualquer coisa. Apesar de ser empreiteiro, já me coloquei à disposição para fazer qualquer tipo de serviço. O importante é que meu filho possa realizar o sonho dele – explica o pai do jogador.


Anastácio conhece bem o sonho, o caminho e a luta para se tornar um jogador de futebol. Ainda menino, o pai de Maykol passou pelas categorias de base do Rio Branco-SP, mas nunca chegou ao profissional. O motivo, segundo o próprio pai, era a falta de comprometimento.
– Procuro orientá-lo para que não cometa os mesmos erros que cometi. Eu adorava a noite e não tinha a cabeça que meu filho tem. O Maykol é na dele, um garoto muito tranquilo e agora está focado na carreira. Ainda bem que ele é diferente de mim – conta Luciano Anastácio, sorrindo.
Contido nas palavras e tímido, o jovem ficou impressionado com a estrutura do Boca e acredita que dessa vez não vai desistir do sonho.
– Nunca vi nada igual. A estrutura do clube é ótima. Gostei muito de tudo que vi, principalmente de La Bombonera. Estou muito ansioso para jogar no Boca. Quero ser ídolo no clube e representar bem o meu país. Dessa vez vou até o fim – diz o garoto.
A apresentação do jovem ao Boca Juniors está marcada para janeiro.
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