Responsáveis pela movimentação de aproximadamente R$ 2,5 milhões em pouco mais de quatro meses, os clubes de Mato Grosso são os primos pobres do futebol profissional no Estado. E, para ao menos minimizar o quatro de constante crise financeira, dirigentes de seis dos maiores clubes enviaram ofício ao presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, cobrando transparência nos contratos vigentes.

Cada Clube recebe em media R$ 30 mil da Federação pela participação no Campeonato Estadual. A reportagem do Olhar Direto apurou nos arquivos da imprensa que Carlos Orione comanda a FMF com "mão de ferro" há quase 40 anos.

Em um documento solicitando explicações para nove itens, os presidentes exigem, por exemplo, que seja fornecido a cada participante um manual com todos os seus direitos e obrigações, em especial relativos às premiações de 2013 e 2014. “E de que forma foram ou serão distribuídos [os prêmios] pela FMF”, cobra o primeiro item do documento.

O documento é assinado pelos presidentes Helmute Lasisch (Luverdense), Eder Moras Dias (Mixto), Ezequiel Rosa Gomes (Mato Grosso), Cristiano Luiz Dresh (Cuaibá), Márcio Paes Silva de Lacerda (Cacerense) e Carlos Luiz Rufino (União de Rondonópolis).

Os dirigentes de clubes desejam que a FMF lhes forneça cópias dos contratos com a rede transmissora dos jogos da competição e, também, do contrato com a patrocinadora Chevrolet.

E, também, que sejam fornecidos dados sobre todasa as despesas que compõem o borderô dos jogos, especialmente diárias de locomoção de funcionários da FMF e árbitros. E, ainda, um detalhamento das despesas com material esportivo de cada clube junto à Federação, especialmente com bolas.

A reportagem do Olhar Direto não conseguiu falar com o presidente da FMF, Carlos Orione. Um funcionário da FMF disse, por telefone, que Orione está realizando um sério tratamento de saúde “sem previsão para retomada das atividades normais à frente da Federação”.