As negociações do Santos com o Napoli para a contratação do atacante Eduardo Vargas travaram e devem ser abortadas em definitivo. A diretoria santista não gostou das últimas exigências feitas pelo clube italiano no contrato de empréstimo do jogador, enviado no fim da última semana. A postura, agora, será aguardar que o Napoli recue para que a negociação não seja encerrada.

Internamente, o Santos ainda confia que o chileno possa convencer a diretoria do clube europeu a ceder para poder concluir as negociações que se arrastam há mais de dois meses.

Após uma série de conversas, o Napoli exigiu que o Santos pagasse 70% do valor do empréstimo de 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 5,8 milhões) até o meio do ano, mesmo com a possibilidade de saída para a Europa. O clube alvinegro se propôs a pagar 30%. Além disso, não estipulou valor de compra caso o Santos quisesse exercê-la no período.

Durante as tratativas, o Napoli fez uma série de outras exigências. Uma das últimas foi ao próprio jogador, para que renovasse por mais um ano para ser liberado mesmo período do empréstimo.

"O Napoli entrega as condições até amanhã, quando nos reuniremos para ver se aceitamos estas condições ou não. Eles vão colocar oficialmente as exigências que tem", explicou o presidente em exercício do clube, Odílio Rodrigues, em evento de apresentação do centroavante Leandro Damião na última quinta-feira.

Vargas havia aceitado a condição imposta, mas passou a repensar a vinda após o surgimento do interesse do Valencia, da Espanha. Para trazer o atacante, o Santos superou a concorrência do São Paulo e aceitou, também, trazer o zagueiro Bruno Uvini, que ficaria emprestado pelo mesmo período.

O clube também já tinha se acertado salarialmente com o jogador, a quem pagaria cerca de R$ 300 mil mensais. O presidente santista afirmou que, caso não se acerte com o ex-gremista, trabalha com um "plano B", mas o nome é mantido em sigilo.