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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Ao sacar Ganso, Muricy volta a armar São Paulo como em 'tempos de glória'

Apesar de ter elogiado muito o time, Muricy Ramalho não garantiu que adotará o esquema utilizado no clássico contra o Santos, no último domingo. No entanto, um fator importante é levado em conta pela comissão técnica e pode complicar Ganso na briga por um lugar na equipe: nos anos de glória do técnico no São Paulo, entre 2006 e 2008, a equipe não tinha um armador clássico e jogava de forma parecida ao sistema "novo".


No empate em 0 a 0 no domingo, Muricy sacou Ganso e colocou Douglas no meio. Dessa forma, com Osvaldo e Luis Fabiano na frente, fez o atacante colombiano Pabon recuar para ligar meio e ataque. A tática até funcionou e, com movimentação e dinâmica, o Tricolor se saiu melhor e pressionou o rival em determinados momentos.

Pela formação e o modo como atua o colombiano, flutuando atrás do ataque, o São Paulo de domingo se assemelha mais ao time bicampeão brasileiro em 2007. Na época, coube ao atacante Leandro a função de recuar para preencher o espaço e atuar mais como ponta de lança. Nos anos do tricampeonato, o Tricolor ainda teve Danilo, Hugo, Eder Luis, Souza e Jorge Wagner na função. Nenhum era armador nato, clássico, como Ganso.

– A diferença é visível. Com o Ganso, o último passe sai com muita qualidade. Ninguém no elenco pensa como ele, de técnica tão apurada. Sem ele, a gente ganha em velocidade – atestou o volante Souza, em entrevista coletiva no CT nesta segunda-feira, ao comentar a mudança.

Curioso é que, durante os anos de glória no São Paulo, Muricy sempre reclamou de não poder contar com um meia clássico. Já no Fluminense, em 2010, foi campeão brasileiro com Conca e depois encontrou Ganso no Santos.

De volta ao São Paulo, o técnico conseguiu fazer o meia jogar ano passado, mas agora tem dificuldade. E volta a uma boa e velha fórmula. Será que vai dar certo?

SÃO PAULO NO TRI COM MURICY

2006 - Zidanilo

Danilo, hoje no Corinthians, jogava aberto pela esquerda, perto dos atacantes. Não era armador no 3-5-2.

2007 - Variações

Breno era falso lateral-direito e time variava do 4-4-2 para o 3-5-2. Leandro e Jorge Wagner eram pontas de lança.

2008 - Efeito Hugo

Novamente no 3-5-2 clássico e sem armador. Hugo ou Eder Luis eram quase atacantes. O primeiro fez vários gols.


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