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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Após vitória no Maracanã, argentinos dormem na Praia de Copacabana

Foto: (Foto: Daniel Silveira/G1)

Após vitória no Maracanã, argentinos dormem em Copacabana

Após vitória no Maracanã, argentinos dormem em Copacabana

Pelo segundo dia seguido, argentinos podiam ser vistos dormindo na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Nesta segunda-feira (16), a maioria dos turistas estava perto da estrutura da Fifa Fan Fest e descansava enrolada em cobertores e sacos de dormir. Outros se acomodavam diretamente na areia.


Felizes com a vitória de 2 a 1 da seleção de Lionel Messi sobre a Bósnia-Hezergovina, os "hermanos" não se incomodaram em dormir ao relento. "Foi muito agradável dormir aqui. Acordar com essa vista está sendo incrível", disse Ezequiel Castellano, de 27 anos, ainda sonolento.

Ezequiel contou que chegou ao Rio no sábado (14), sem reserva em hotel e sem ingresso para a partida no Maracanã. "Daqui, vou a Belo Horizonte. Sei que lá não tem praia, mas será que tem algum lugar para dormir como aqui?", perguntou. Questionado se o preço da hospedagem o obrigou a dormir na rua, o argentino justificou que gosta desse tipo de aventura.

'Mochileiros'

Ramiro Guerrero, de 24 anos, natural de Bariloche, é adepto do mochilão. Chegou ao Brasil há dois meses, entrando no país pelo Rio Grande do Sul. Há dez dias no Rio, ele conseguiu hospedagem na casa de brasileiros em Copacabana. "No sábado, o filho da senhora [que o hospedou] chegou e eu tive que sair. A praia é o melhor lugar para dormir", afirmou. O "hermano" também aproveitou a presença da reportagem do G1 para pedir ajuda. "Por favor, uma Coca-Cola, é tudo o que eu lhe peço". Questionado sobre a ressaca, ele respondeu: "Ainda estou bêbado".

Matias Pereyra, de 27 anos, também passou sua segunda noite dormindo na praia. "A polícia não nos incomodou. Pediram apenas para recolhermos tudo da areia. Entre nós, procuramos ficar tranquilos, sem fazer confusão." Ele destacou ainda que a sensação de segurança era maior por causa do grande número de estrangeiros concentrados no mesmo espaço. "Ainda assim, tem que estar de olho aberto", ressaltou.

O grupo estava concentrado sob coqueiros a aproximadamente 40 metros do Copacabana Palace, um dos hotéis mais tradicionais e luxuosos do Rio. Com o avançar do sol e o aumento do movimento na orla, pouco a pouco os turistas se levantavam. Copos descartáveis com água mineral eram usados pela maioria para escovar os dentes na areia mesmo. Alguns optavam pelos banheiros da orla.

Banho no mar
A aparência da maioria dos argentinos indicava que o último banho tomado já estava vencido. "Onde tomar banho? Olha esse mar ali", respondeu com entusiasmo Leonel Benito, 25 anos, cujos pés descalços indicavam uma longa caminhada, tamanha a sujeira.

Longe das sombras dos coqueiros e separado do grupo, um jovem "hermano" dormia encolhido em um saco de dormir e acordou sobressaltado. "Estava muito quente dentro disso", disse Axel Aguerrido, de 21 anos. Questionado por que estava tão distante dos demais, ele revelou não ter tido condições de se aproximar do grupo. "Eu estava muito bêbado. Caí aqui e fiquei", contou.

O jovem saiu de Mar del Plata acompanhado do pai e de um amigo. O trio foi de carro para o Rio, onde chegaram no sábado. "Estamos dormindo sempre no carro. Temos hotel para ficar somente em Belo Horizonte. Hoje, vamos conhecer o Cristo, o Pão de Açúcar e depois vamos para Minas Gerais", afirmou.

Demonstrando estar encantado com o Brasil, Axel disse que ficará aqui por quase um mês. "Só voltaremos depois de assistir a final da Copa entre Argentina e Alemanha. Ou talvez contra o Brasil. Não importa, Argentina é que vai vencer", previu.


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