Depois de largar dois empregos na Argentina – um em uma carpintaria e outro em uma padaria – Gustavo Sattler viaja pelo Brasil para seguir Messi e companhia. “Não queria mais trabalhar, me cansei”, diz com bom humor. Desde 1º de junho no país da Copa do Mundo, ele critica o preço cobrado pelos hotéis durante o Mundial, mas afirma que, apesar disso, tem improvisado e ainda não pagou por hospedagem.

No Rio de Janeiro, onde a Argentina disputou sua primeira partida, ele aproveitou sua estada em um dos pontos mais nobres da cidade, mas “debaixo do céu de estrelas”. “Foram quatro dias bem em frente ao Copacabana Palace”, afirma. Em Belo Horizonte, ele também escolheu passar a noite sob o mesmo visual. Desta vez, porém, nada de praia. A hospedaria é a calçada em frente ao Mineirão.

Sattler diz que não se sente inseguro dormindo na rua. “Realmente, creio que estou mais protegido aqui do que em um hotel. Aqui tem muitos policiais, a menos que os policiais não sejam confiáveis”, brinca.

No pesado mochilão que carrega, o “hermano” leva ainda uma proteção extra. Além de um terço dependurado, a bagagem estampa a imagem do Papa Francisco. E a foto do pontífice argentino não está sozinha; Messi e Maradona completam a customização da mochila.

Da capital mineira, ele vai para Porto Alegre, mas lá a hospedagem já está certa. Segundo ele, nada de hotel. Seu cantinho na capital dos gaúchos foi garantido por meio de um site em que usuários oferecem hospedagem gratuita.