De volta ao comando técnico da Seleção Brasileira após quatro anos, Dunga pode convocar jogadores “desconhecidos” do grande público nacional em seus primeiros chamados para a equipe canarinho. O lateral direito Rômulo, que se destacou pelo modesto Hellas Verona, da Itália, no ano passado e se transferiu recentemente para a poderosa Juventus, tem chances de ser um deles.
Apesar de possuir cidadania italiana e, inclusive, ter sido convocado para a pré-lista da Itália de Cesare Prandelli à Copa do Mundo, o jogador ainda não vestiu a camisa da seleção europeia em partidas oficiais e pode ser lembrado por Dunga para defender a Seleção Brasileira.
“Como ele não jogou na Itália, eu o considero um brasileiro. Eu vou observar Rômulo na Juventus, assim como vou ficar de olho em todos aqueles que podem ser convocados. Ninguém está fora, e ninguém está dentro (da Seleção) agora”, contou Dunga, em entrevista ao jornal Tuttosport.
Com 27 anos, Rômulo deixou o Brasil em 2011, após passagens por Santo André, Cruzeiro e Atlético-PR. Na Itália, ele atuou por Fiorentina e Hellas Verona. As boas atuações no ano passado lhe renderam transferência à poderosa Juventus, atual tricampeã nacional, além de convocação à pré-lista da seleção italiana para a Copa do Mundo. O jogador não teve seu nome entre os 23 porque sofria com problemas físicos.
Agora, Dunga, não descarta convocá-lo para a Seleção Brasileira - até para não não perder mais um jogador, como aconteceu com Diego Costa, que optou por jogar pela seleção espanhola.
“Vai depender dele. Ele vai jogar ao lado de grandes nomes, como Pirlo, por exemplo. Após uma excelente temporada no Verona, ele deve manter o alto nível. Esse não é o momento de assumir compromissos, até porque bons jogadores, no papel, são muitos. Vou considerar o caso Rômulo e vamos conversar”, admitiu o novo comandante canarinho.
A tendência, entretanto, é que Rômulo não aceite jogar pelo selecionado de seu País-natal, mesmo se for lembrado por Dunga. Recentemente, em entrevista à TV Globo, ele disse que “atuar na Seleção Brasileira seria trair a Itália”. Sobre o seu estilo de jogo, ele contou: “joguei 80% das partidas como meio-campista, mas também posso jogar na ala direita e como um atacante bem aberto”.
