Praticamente sem dinheiro em caixa, a diretoria do Fluminense não conseguiu quitar o salário do mês de agosto de atletas e funcionários que ganham acima de R$ 5 mil. Pior: nesta terça-feira, quinto dia útil de outubro, o clube deveria pagar o mês de setembro, mas também não o fará. Segundo a presidência, não há previsão para o pagamento dos débitos, mas todos os esforços estão sendo feitos para que tudo seja resolvido o mais rápido possível.  

Na semana passada, o clube prometeu pagar alguns salários na quarta e na quinta, mas não conseguiu. Na sexta, começou a receber parte do dinheiro de execuções judiciais suspensas e, segundo o GloboEsporte.com apurou, realizou alguns depósitos na segunda-feira. A prioridade é quitar os salários menores. 

O Tricolor conseguiu abortar uma penhora e tenta suspender outra, de valor maior, mas encontra dificuldades. Alguns valores ainda continuam retidos pela Justiça, e o clube tenta inverter o quadro. Internamente, há a expectativa de que alguns pagamentos sejam feitos ao longo da terça-feira. 


A meta é normalizar os pagamentos de agosto e setembro até o fim de outubro. O prazo estabelecido segue a expectativa de liberação de verbas de televisão penhoradas. O recurso está suspenso há mais de um ano, e o Fluminense, baseado na adesão ao novo Refis - chamado de Refis da Crise, um programa de recuperação fiscal que permite o parcelamento de dívidas com a União, tenta voltar a receber o dinheiro.

Nas Laranjeiras, os salários são pagos sempre no quinto dia útil do mês. Em relação aos jogadores, quase todos do grupo principal recebem da Unimed, que está em dia. A patrocinadora tricolor é responsável pelo pagamento de direitos de imagem que correspondem de 50% a 80% do total do salário.

Hoje, a fatia da folha salarial do futebol que cabe ao clube é, segundo os dirigentes, de R$ 1,4 milhão por mês.